Semar fiscaliza retirada de produto tóxico da BR-135

16/10/2018 07h42


Fonte CidadeVerde.com

Imagem: CidadeVerde.comClique para ampliarSemar fiscaliza retirada de produto tóxico da BR-135.(Imagem:CidadeVerde.com)

Auditores fiscais da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semar), especializados em acidentes com produtos químicos perigosos e contaminação de solo, estão na região do município de Bom Jesus, mais precisamente, na BR 135, km 387.

Os fiscais analisam a proporção de contaminação do solo com o produto que é um herbicida, espalhado por conta de um tombamento de caminhão, que ficou totalmente destruído pelas chamas.

O caminhão transportava uma grande carga deste produto químico, que é utilizado na agricultura para o controle de ervas classificadas como daninhas. Ao tombar e pegar fogo, o caminhão espalhou grande parte dos produtos pela extensão da rodovia, o que chamou atenção de populares que, sem conhecimento, acabaram saqueando a carga, que emitem vários vapores tóxicos. Posteriormente, algumas destas pessoas, deram entrada nos postos de saúde da região, com sintomas de vômito, falta de ar, dores de cabeça e mal-estar.

No total foram 25 toneladas do herbicida, que totaliza aproximadamente 25 mil embalagens de um litro. “Parte da carga foi saqueada, outra ficou espalhada na rodovia que é bem estreita. Fomos acionados pela Polícia Rodoviária Federal e de imediato entramos em contato com a transportadora que se manifestou positivamente em colaborar. O perigo é a área afetada que fica muito próximo de um canal de águas pluviais. Porém, como a região está muito seca, não tem água, o que favorece a limpeza imediata e a redução dos riscos de contaminação”, ressalta o auditor fiscal Francisco Mascarenhas.

A Semar está acompanhando a empresa contratada pela transportadora para realizar a remoção do produto no local. A grande preocupação dos fiscais é justamente, por que o local de derramamento da carga fica a 500 metros do Rio Gurguéia, muito importante na bacia hidrográfica do Estado do Piauí. O objetivo é remover todo o produto o mais rápido possível, tendo em vista que existe previsão de chuva na região, para a próxima quarta-feira, dia 17, o que poderá gerar uma contaminação em maior proporção do lençol freático. Nesse domingo (14), o trabalho será concluído, totalizando aproximadamente a retirada de 60 toneladas de solo contaminado e muitas embalagens vazias.

Segundo Renato Nogueira, todo o material será direcionado para incineração em uma empresa licenciada em outro estado, com devida destinação ambiental correta. A partir de agora, a secretaria passa a realizar o monitoramento da região, com análise a cada 30 dias, das condições do solo.

Vale enfatizar que a retirada e substituição do solo não isenta a empresa das responsabilidades da Lei. “Estamos solicitando que a transportadora apresente a comprovação de toda a documentação de autorização, licenciamento ambiental para o transporte do produto. A Semar vai analisar a documentação com base no decreto 6514/2008, que dispõe sobre as infrações e sanções administrativas ao meio ambiente”, explica Nogueira.

Após análise de documentação que deve ser apresentada pela transportadora, caso seja comprovada, alguma irregularidade, os responsáveis poderão responder pelo crime ambiental que, entre as penalidade, tem multas que variam de R$ 5 mil a R$ 50 milhões.

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