Seis piauienses foram presos participando dos atos terroristas no DF, diz secretaria de segurança

22/01/2023 10h06

Fonte G1 PI

O Gabinete de Crise da Secretaria de Segurança Pública do Estado do Piauí (SSP) encerrou o levantamento sobre a participação de piauienses nos atos antidemocráticos contra as sedes dos Três Poderes no Distrito Federal, em Brasília, e informou neste sábado (21) que seis piauienses foram presos em flagrante participando dos atos terroristas.

O gabinete divulgou que três piauienses que estavam nos atos antidemocráticos, mas que não foram presos, serão responsabilizados. Além disso, um piauiense foi identificado como o responsável pela arrecadação financeira para custear as despesas de uma viagem para o Distrito Federal, onde os envolvidos na viagem participariam dos atos terroristas no dia 8 de janeiro deste ano. Contudo, foi constatado pela Polícia Civil que nenhum ônibus saiu do Piauí regularmente fretado com destino a Brasília para a invasão das sedes dos Três Poderes.

Também foram identificados três piauienses como líderes do movimento que, desde outubro de 2022, convocavam pessoas a praticarem atos criminosos como vandalismo de prédios públicos e suspensão de serviços públicos no Piauí, segundo a secretaria de segurança.

Foram encaminhados para as Corregedorias das Polícias Civil e Militar os nomes de dois policiais que também participavam da organização dos atos de vandalismo em prédios públicos e obstrução de serviços no estado. A secretaria ressaltou que esses dois policiais não participaram dos atos terroristas em Brasília.

Os piauienses identificados e envolvidos nesses atos serão intimidados a prestarem informações para a Polícia Civil do Piauí.

Na quinta-feira (19), o Supremo Tribunal Federal decidiu sobre o destino de dois piauienses presos durante os atos antidemocráticos:

• O barbeiro João de Oliveira Antunes Neto teve a prisão convertida em preventiva, e deve permanecer preso.
• A dona de casa Edigleuma Maria da Rocha foi posta em liberdade, mas deve respeitar medidas cautelares.

As decisões foram assinadas pelo ministro Alexandre de Moraes. Para o ministro, houve flagrante afronta à manutenção do estado democrático de direito, em evidente descompasso com a garantia da liberdade de expressão.

Atos antidemocráticos em Brasília

No dia 8 de janeiro, uma minoria de bolsonaristas radicais invadiu o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto. O grupo quebrou vidraças e móveis, vandalizou obras de arte e objetos históricos, invadiu gabinetes de autoridades, rasgou documentos e roubou armas.

No mesmo dia, cerca de 300 pessoas foram detidas e 204, efetivamente presas em flagrante. A Polícia Civil afirma que, pelo menos, 15 crimes foram cometidos pelos bolsonaristas. Entre eles, estão golpe de Estado, dano a bem público e lesão corporal.

Ao todo, desde terça-feira (17), o ministro analisou a situação de 1.075 presos, sendo que 740 seguem presos, agora em prisão preventiva, e 335 poderão responder ao processo com a colocação de tornozeleira eletrônica e outras medidas.