Renda domiciliar do Piauí é a segunda pior do país

29/06/2011 12h07


Fonte Portal o Dia

Imagem: DivulgaçãoClique para ampliarRendimento piauiense é de R$ 447, 17(Imagem:Divulgação)Rendimento piauiense é de R$ 447, 17
O impacto do programa de transferência de renda, Bolsa Família, nos lares brasileiros é inegável. Porém, esses recursos ainda não foram suficientes para uma evolução considerável na renda média domiciliar per capita no Piauí. No ranking nacional, o Estado ocupa a segunda pior posição com um rendimento médio de R$ 447,17, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O valor só perde para o Maranhão com o menor rendimento do país, com R$ 404,99. Os estados do Nordeste e do Norte, de maneira geral, detêm resultados pífios. Aparecem nessa relação os Estados de Alagoas (R$ 481,54), Ceará (R$492,36), Pará (R$ 492,76), Paraíba (R$ 550,59), Bahia (R$ 535,69), Pernambuco (R$ 550,59), Sergipe (R$ 562,07) e Rio Grande do Norte (R$ 580,49).

Para o economista Fernando Alves, o rendimento não recuperou os níveis de poder de compra da década de 80, mas os aumentos que estão mostrando melhoria no mercado de trabalho mesmo timidamente. "Passamos sete anos reduzindo o desemprego, melhorando a qualidade do emprego e o rendimento não saía do lugar. Houve avanços. Tímidos, mas ocorreram", disse.

Segundo ele, O crescimento da renda domiciliar é uma dificuldade para todos os estados do Nordeste. Os aumentos que foram registrados, de maneira geral, devem-se à política econômica e social, que melhorou a distribuição de renda e a qualidade de vida. "O Nordeste tem uma histórico de desigualdade. Não dá para mudar isso rapidamente", completou Alves.

No caso do Piauí, segundo o especialista, a população relativamente grande conciliado com a baixa renda, contribui para essa baixa classificação entre os piores rendimentos médios do país. "Daí, a necessidade de investimentos na área da educação, com escolas profissionalizantes para mudar a realidade da mão de obra que é precário no Estado", pontuou.

Nesse ponto, Fernando Alves é enfático: "Se o desejo é realmente de mudança, de fazer uma verdadeira distribuição de renda entre os Estados, além de infraestrutura, é necessária a disposição da educação. Quando se investe na educação as pessoas buscaram melhores serviços. E isso se traduz em renda".

Veja mais notícias sobre Piauí, clique em florianonews.com/piaui