Promotor público recomenda decreto de emergência para recuperar penitenciárias

17/12/2015 09h03

Fonte Cidade Verde

O promotor de Justiça Elói Junior, que esteve presente ontem (16) na rebelião na Casa de Custódia para negociar o fim do motim com os detentos, em entrevista ao Notícia da Manhã desta quinta-feira (17), informou que ao ver a situação da unidade - após a segunda rebelião ocorrida na mesma semana - avaliou como necessária a decretação de estado de emergência por parte do Governo do Estado para a recuperação do espaço físico.

Além disso, o promotor destacou que a negociação com os agentes penitenciários para encerrar o movimento grevista, iniciado nesta semana, deve ocorrer de forma imediata.

“A minha maior preocupação hoje é a estrutura física da Casa de Custodia devido à depredação e o Governo do Estado deve agir rapidamente para resolver essa questão. É necessário a decretação do estado de emergência para que as obras e a recuperação do espaço físico seja concluído o mais rápido possível para evitar fugas coletivas”, comentou Elói Júnior.

Rebeliões

Desde a última segunda-feira (14), no início da greve dos agentes penitenciários do Piauí, três rebeliões já foram registradas nos presídios piauienses. Devido à paralisação da categoria, atividades como visitas de familiares aos detentos, ficam interrompidas. Os detentos, revoltados, iniciam, motins.

A situação é mais grave na Casa de Custódia de Teresina, onde duas rebeliões ocorreram, vários detentos ficaram feridos e a estrutura física da unidade, que já era deficiente, ficou ainda mais comprometida. Durante os motins, os presos retiram parte da estrutura de concreto e metálica da unidade, deixando o local ainda mais instável.

Além disso, o local está superlotado. Uma cela que deveria abrigar quatro presos, atualmente abriga 16. Em todo o presídio, cerca de 300 homens deveriam estar detidos. Hoje existem mais de 800.

Além da Casa de Custódia, a penitenciária mista de Parnaíba, no litoral do Estado, também registrou rebelião nesta quarta-feira. Nas duas unidades, os motins foram controlados após mais de 10 horas de intervenção policial.

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