Projeto de alunos do IFPI transforma garrafas pet em fios para impressoras 3D

30/06/2023 08h44

Fonte G1 PI

Buscando diminuir os efeitos do plástico, alunos do Instituto Federal do Piauí (IFPI) de Teresina desenvolveram um projeto que transforma garrafas pet em fios para impressoras 3D. Os próprios estudantes recolheram o material utilizado para a fabricação dos fios.

"O plástico possui esse grande impacto no meio ambiente: ele leva de 100 a 400 anos, dependendo do tipo de material, para ser degradado, e o volume para ser reciclado e reaproveitado é muito pequeno. Portanto, estamos desenvolvendo pesquisas para fazer o reaproveitamento e a reciclagem do plástico", explicou o professor Jorge Henrique.

Os fios de garrafas pet podem ser utilizados para produção de maquetes, órgãos e outros materiais que vão servir na educação, reutilizando e reciclando um resíduo que seria jogado fora.

O estudante André Luís acredita que em um futuro breve será possível a acessibilidade do plástico pet como matéria-prima para a produção de próteses médicas. Para ele, a oportunidade de acompanhar os avanços do projeto é intrigante.

"É o avanço da informática aplicada na medicina, em que o pessoal está fazendo próteses usando microcontroladores, que são computadores pequenos. Contudo, esse material é caro, porque deve ser um material maleável e rígido ao mesmo tempo, o que normalmente não é tão fácil de encontrar. Quando a gente vem para o plástico pet, que é um material que, por mais que não seja tão rígido, é maleável, ele consegue, de certa forma, agir um pouco parecido com o nosso tecido", explicou o estudante.

Reciclagem em Teresina

Classificado entre os produtos plásticos de "utilização efêmera", ou seja, aqueles descartados logo após a sua utilização, as garrasfas pet unem-se às sacolas plásticas em itens alta concentração encontrada em natureza. Na Zona Sul de Teresina, a Associação dos Cegos atua como um ponto de coleta de resíduos plásticos, dentre outros, para fins de reciclagem.

"Recebemos esse material da sociedade e o selecionamos por cores. Após feita a seleção, ele é colocado na enfardadeira para que, feito os fardos, ele seja enviado direto para indústria, em outro estado", afirmou o coordenador da iniciativa, Walberson Morais.

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