Presos serram ferrolhos, fogem de cadeia de Piripiri e delegado desabafa

27/10/2015 09h06


Fonte Cidade Verde

Três presos fugiram na madrugada da última segunda-feira (26) da antiga Cadeia Pública de Piripiri, a 160 quilômetros de Teresina. De acordo com informações da Polícia Civil, o trio serrou os ferrolhos das celas e pulou o muro que dá acesso à parte externa do prédio.

Após o episódio, o delegado da cidade, Jorge Terceiro, desabafou e pediu providências ao Governo do Estado.A fuga de Ricardo Pereira de Sousa, o "Pantoja" (furto), José Ailton dos Santos Braz, o "Hilton" (tentativa de furto), e Charles Barreto de Sousa, o "Paulista" (assalto), aconteceu por volta das 2h30 desta segunda-feira.

"Os agentes só tomaram conhecimento por volta das 7h30, quando foram levar o café da manhã para os presos. A essa hora, eles já deviam estar distantes", lamentou o delegado Jorge Terceiro, que lembrou que o prédio no qual o trio estava recolhido não fica dentro do Complexo de Delegacias de Piripiri.

Imagem: Piripirireporter.comss(Imagem:Piripirireporter.com)

"Na realidade, as celas onde ficam os presos não fazem parte da Delegacia de Piripiri, mas no antigo prédio da Cadeia Pública, localizada na esquina contrária à delegacia. Na delegacia mesmo não há celas. Aliás, no complexo todo não há celas", argumentou o delegado.

Segundo Jorge Terceiro, a busca pelo trio de fugitivos segue em curso. "Dois deles são da região, mais precisamente de Pedro II. Ou seja: mais cedo ou mais tarde, vamos localizá-los. As equipes da Polícia Civil de Piripiri estão em campo. A Polícia Civil em Pedro II também foi informada. E a Polícia Militar também já está sabendo".

Mesmo que os três sejam recapturados, o delegado não mostra muito otimismo para mantê-los recolhidos. "As celas nas quais os presos ficam já foram interditadas pela Justiça. As grades são cheias de solda. É até fácil de quebrar. As paredes são de tijolo de barro cru. Nesse prédio da antiga cadeia pública não há nem instalação. Não dá nem para colocar um policial lá, o que eu já não posso fazer porque o policial civil não pode trabalhar como agente penitenciário. Já informamos ao Governo do Estado. Até a OAB já pediu providências".

Cansado, Jorge Terceiro completou o desabafo. "Piripiri é a terceira maior cidade do interior, mas não há cadeia pública. Cusdodiar presos não é incumbência da Polícia Civil ou da Polícia Militar. Estão todos informados sobre a situação de Piripiri. Nós estamos aguardando uma solução dos gestores. Não há mais condições de sustentar. Não há condições e não há pessoas qualificadas. Espero que os gestores providenciem resolução. A Polícia Civil sofre um desgaste que não merece", finalizou o delegado, que está na cidade há pouco mais de um ano.

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