Presos em operação contra facção auxiliavam mentor de sequestro de adolescente
09/07/2025 08h30Fonte cidadeverde.com
Imagem: Divulgação/Ascom/SPP-PI

O Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) deflagrou na manhã desta quarta-feira (9) uma operação contra uma célula ligada a uma facção criminosa nos municípios de Nazária, Barras e União. A ação visa o cumprimento de 39 mandados judiciais, sendo 21 de busca e apreensão e 18 de prisão. Até o momento, 12 pessoas foram presas, entre elas uma mãe e seu filho.
Segundo o delegado Charles Pessoa, coordenador do Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), os presos na operação já teriam auxiliado Ítalo da Silva, apontado como autor intelectual e também um dos executores do sequestro de uma adolescente de 14 anos no município de Monsenhor Gil. Ítalo foi capturado nesta terça-feira (8), na cidade de Campinas, interior de São Paulo.
"Todos os indivíduos que estão sendo presos hoje têm envolvimento nessa facção. Indivíduos que têm envolvimento com diversas ações delituosas, inclusive com auxílio relacionado ao próprio Ítalo da Silva, que também tinha uma interação aqui com a região de Nazária. O cativeiro era aqui na zona rural desse município, então é uma demonstração de que nós não iremos aceitar nenhum tipo de ação criminosa", afirmou o delegado.
Charles Pessoa destacou ainda que alguns dos suspeitos envolvidos na invasão de uma residência em Nazária, onde uma família foi feita refém, também foram presos na operação. Na ocasião, foram levados diversos pertences, incluindo um carro e uma moto.
“Também são alvos dessa operação. Alguns foram presos, outros permanecem foragidos, mas é questão de tempo e todos eles estarão à disposição da Justiça. Inclusive o veículo foi recuperado. Nós, inclusive, antecipamos essa operação em razão da situação do sequestro da adolescente e desses últimos casos na região de Nazária”, acrescentou.
De acordo com as investigações, os suspeitos demonstravam forte adesão ideológica à facção, sendo exigido deles matrícula, apelido (vulgo), área de atuação, referências e conhecimento do estatuto da organização, além da permanência ativa na associação. Os integrantes atuavam de forma articulada, repassando ordens e fortalecendo os vínculos internos do grupo criminoso.
Ainda segundo a Polícia Civil, a operação é um desdobramento de uma ação anterior, na qual celulares foram apreendidos. A partir desse material, os investigadores descobriram a existência de um grupo de WhatsApp onde os alvos trocavam mensagens codificadas, cadastravam faccionados, organizavam crimes, entre outras informações que comprovaram a organização do grupo criminoso.
A ação conta com o apoio de diversas forças de segurança, incluindo a Diretoria de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública (SSP), Diretoria de Inteligência da Polícia Civil, BOPE, BEPI, FEISP, Guarda Civil Municipal (GCM), BOPAER, DECORTEC, DEPESP, DHPP, além das delegacias de Nazária, Barras, União, e da 1ª, 4ª, 5ª e 9ª Delegacias Seccionais.
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