Policiais militares são expulsos da corporação após irregularidades no PI

06/06/2014 09h13


Fonte G1 PI

Imagem: G1 PIClique para ampliarPM abriu mais de 700 procedimentos para apurar condutas de policias.(Imagem:G1 PI)PM abriu mais de 700 procedimentos para apurar condutas de policias.

Pelo menos cinco policiais militares foram expulsos da corporação no Piauí somente no ano de 2013 sob acusação de vários crimes ou de desvio de função. Conforme a própria corregedoria da Polícia Militar, foram abertos mais de 700 processos administrativos contra policiais suspeitos de envolvimento em irregularidades.

Levando em consideração esse número com o efetivo da Polícia Militar, que é de aproximadamente 6 mil policiais, conclui-se que mais de 10% da corporação responde a processos na corregedoria. Existem 778 tipos de punições aos militares, sendo as mais comuns a detenção e os Procedimentos Administrativos Disciplinares (PAD).

Para quem já sofreu algum tipo de ameaça por parte de um policial a sensação é de insegurança. Na cidade de Picos, Sul do Piauí, um cinegrafista amador flagrou uma viatura do Programa Ronda Cidadão da Polícia Militar na porta de uma escola e o militar que estava no carro desceu para deixar o filho na escola saindo em seguida. Por conta desse episódio, ocorrido no fim do mês de maio, a Corregedoria da PM instaurou um inquérito militar para investigar o fato.

Segundo o membro da comissão de segurança pública da Ordem dos Advogados do Brasil no Piauí, Igor Cavalcante, um carro oficial não deve ser usado para fins particulares. “Como é um bem público a viatura deve ser usada para atender ocorrências policiais ou serviços públicos da população. A Ordem está atenta a estes fatos e vai cobrar uma resposta aos órgãos competentes”, informou Igor.

Sobre o caso, o corregedor adjunto da Polícia Militar do Piauí, coronel Ricardo Ferreira, confirmou que o desvio de responsabilidades já está sendo investigado. “Se chegarmos a conclusão que o policial denegriu a imagem da nossa corporação a sua punição poderá ser agravada, mas já estamos apurando o caso”, informou o coronel Ricardo.

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