Piauí registra mais de 200 queimadas em apenas dois dias, segundo Inpe

31/10/2016 08h01


Fonte G1 PI

Imagem: Ellyo Teixeira/G1Vegetação devastada pelo fogo em Teresina.(Imagem:Ellyo Teixeira/G1)Vegetação devastada pelo fogo em Teresina.

O Piauí voltou a registrar elevado número de queimadas nas últimas 48 horas, segundo dados do monitoramento por satélite do Programa de Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) deste domingo (30). Somente no sábado (29), foram 116 focos. São Miguel do Tapuio, ao Norte do estado, registrou 13 incêndios.

O estado é o quarto na lista em número de focos. Somente neste mês já foram registradas 2.503 queimadas.

Na semana passada, uma chuva rápida com fortes ventos pegou os piauienses de surpresa e teve ainda um efeito positivo, o número de focos de incêndio diminui 79% nos dois dias seguintes. Segundo dados do Inpe tabulados pelo G1, nos dias 19 e 20 de outubro, o estado registrou 127 queimadas, enquanto que nas 48 horas seguintes, o número diminuiu para apenas 26 incêndios.

Decretos de emergência
O decreto de emergência para Teresina apontou que pelo menos 24 comunidades e bairros da capital foram atingidos por incêndios. O documento, publicado no Diário Oficial do Município no dia 20 afirmou que as queimadas provocaram enormes prejuízos, destruindo casas, morte de animais e a perda de plantações.

Foi publicado no Diário Oficial do Piauí o Decreto nº 16.838/16, que declara situação de emergência nos municípios de União, Curralinhos, Picos, Santana do Piauí, Palmeirais, Nazária, José de Freitas e Teresina.

Segundo a lei 7.257/2010, pode declarar estado de emergência as cidades ou estados que passam por uma "situação anormal, provocada por desastres" e que comprometa parcialmente a capacidade de resposta do poder público local. Com o decreto, o poder público pode requerer ajuda financeira.

Após o decreto em esfera local, a situação de anormalidade deve ser reconhecida pela União. A lei define que o estado ou município deve enviar um requerimento ao Ministério da Integração Nacional com detalhes do desastre, da extensão dos danos e das ações que já foram tomadas em nível local.

Orientação para a população
Por conta da onda de incêndios, a PRF e o Corpo de Bombeiros fazem alerta de como proceder em casos de queimadas e evitar algumas condutas. De acordo com o major José Veloso, dos bombeiros, a recomendação principal é para que a população evite atear fogo em qualquer local. As altas temperaturas registradas no últimos meses, além da umidade relativa do ar abaixo de 20%, contribuem para a rápida propagação do fogo.

“Até que a situação se estabilize, pelo menos por 10 dias não coloquem fogo em nada. Quer seja no jardim para a limpeza de folhas secas, quer seja na fossa, por conta exatamente desses perigos do fogo se alastrar e a gente não ter como atender a todos os casos.A orientação é não queimar absolutamente nada”,
alertou.

Outra orientação é para pessoas que moram próximo a terrenos com vegetação alta e seca. De acordo com o major, o ideal é que seja feita uma limpeza periódicas nessas áreas, que são regiões com mais potencial de focos de queimadas. No caso de incêndio, a recomendação é retirar da residência o que der, mas sem colocar em risco a integridade física e entrar em contato com o Corpo de Bombeiros.

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