Piauí registra duas mortes de crianças pela síndrome associada ao novo coronavírus

26/09/2020 17h42


Fonte Cidade Verde

Imagem: ReproduçãoPiauí registra duas mortes de crianças pela síndrome associada ao novo coronavírus(Imagem:Reprodução)
O estado do Piauí registra duas mortes de crianças confirmadas com a Síndrome Multissistêmica Inflamatória Pediátrica (SIM-P), que está relacionada ao novo coronavírus. Os dados são da Secretaria Estadual de Saúde (Sesapi), da última sexta-feira (25). A Sesapi esclarece que essa síndrome é uma reação inflamatória grave e sistêmica.

A coordenadora do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) da Sesapi, Amélia Costa, relata ao Cidadeverde.com que a Sesapi possui registro de 11 casos e duas mortes pela síndrome. A coordenadora mais uma vez alerta aos pais para que os cuidados com os filhos sejam redobrados.

Dos 11 casos, sete são do Piauí e quatro do Maranhão. "Nós estamos com o aumento dessa síndrome. Estamos com 11 casos e dois óbitos. Esses óbitos são crianças que já foram confirmadas. São sete casos do Piauí, sendo cinco confirmados. Desses cinco, as duas mortes, um descartado e um em investigação".

Dos quatro casos do Maranhão, dois são confirmados e dois descartados.

"Os casos notificados no Piauí estão aumentando. A gente sabe que a Vigilância está sensível, já foi feito um trabalho com os profissionais, a secretaria está tendo o apoio da Sociedade de Pediatria. Fizemos uma videoconferência com médico daqui para todo o estado do Piauí. Os profissionais estão sensíveis em relação à síndrome. A probabilidade é de aumentar o número de casos porque quando a vigilância é intensificada, consequentemente, existe essa probabilidade de surgimento de muitos casos porque as pessoas ficam mais vigilantes quanto aos sinais e sintomas".

Sintomas

De acordo com a Sesapi, "os sintomas são semelhantes aos da doença de Kawasaki, condição que causa inflamação nos vasos e tem sintomas como febre alta e lesões na pele, e ataca as faixas etárias de zero a 19 anos".

A presidente da Sociedade Piauiense de Pediatria, a médica infectologista pediátrica, Anenisia Coelho, orienta:

Os pais devem ficar atentos quando a criança apresentar febre acima de 38° por mais de três dias, erupções cutâneas, inchaço nas mãos e nos pés, conjuntivite, dor abdominal, diarreia e vômito. Já que estamos falando de uma doença muito séria que pode comprometer órgãos como o coração.
Anenisia Coelho destaca que a "Síndrome Multissistêmica Inflamatória Pediátrica costuma aparecer de três a quatro semanas após o pico da Covid-19; muitas vezes, após a criança até desenvolver anticorpos contra o coronavírus".

"No Piauí, a faixa etária mais atingidas é abaixo de cinco anos, diferente de outros lugares do mundo, onde a síndrome se manifesta com mais frequência nas idades de oito a onze anos”, acrescenta.

Tratamento

Segundo a Sesapi, "por se tratar de uma doença que apresenta manifestações inflamatórias intensas, o tratamento adotado atualmente pelos médicos envolve medicamentos para controlar o processo como imunoglobulina, corticóides e antibióticos, chegando em alguns casos na necessidade de entubar a criança".

Prevenção

Os cuidados para prevenir as crianças e adolescentes do coronavírus - causador da Síndrome Multissistêmica Inflamatória Pediátrica devem ser mantidos pelos pais:

lavar as mãos com água e sabão por até 30 segundos, uso de máscaras, cobrir a boca e nariz ao tossir e espirrar, evitar tocar os olhos, não emprestar objetos, nem pegar emprestado.
Anenisia Coelho ressalta que “para fechar um diagnóstico da síndrome, é necessário comprovar que a criança teve o contato com o coronavírus, sendo que a maior parte dos casos relatados apresentou exames laboratoriais que indicaram infecção atual ou recente pela Covid-19 ou vínculo epidemiológico com caso confirmado. Por isso, devemos manter os cuidados de prevenção com as crianças, para evitar contrair o vírus e suas consequências”.


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