PiauÃ: onde cada árvore plantada aponta para o futuro
21/09/2025 12h16Fonte Governo do PiauÃ
Imagem: Paulo Barros
São 56 espécies arbóreas nativas com potencial apícola, distribuídas em 18 famílias botânicas.
São 56 espécies arbóreas nativas com potencial apícola, distribuídas em 18 famílias botânicas.No Dia da Árvore, celebrado neste domingo, 21 de setembro, o Piauí mostra ao Brasil que preservar não é apenas uma escolha — é uma necessidade urgente e um caminho de futuro. O estado abriga uma flora exuberante e diversa, marcada por espécies que aprenderam a sobreviver em diferentes biomas: caatinga, cerrado, mata atlântica e a singular mata dos cocais.
São 56 espécies arbóreas nativas com potencial apícola, distribuídas em 18 famílias botânicas. Algumas delas carregam símbolos e histórias: o caneleiro, árvore que é marca de Teresina; o juazeiro, resistente guardião do semiárido; o babaçu, que sustenta milhares de famílias; e o cajueiro, tão presente na vida e na economia do Piauí. E quem nunca viu pelas ruas e avenidas os lindos Ipês.
Mas não se trata apenas de biodiversidade. É também de política pública — e, nesse ponto, os resultados são impressionantes. Entre 2022 e 2025, o desmatamento ilegal caiu 74%. Um avanço conquistado com tecnologia, monitoramento por satélite, fiscalização rigorosa e processos digitais que tornaram a gestão mais eficiente.
A gerente de gestão florestal da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), Anna Ester, reforça a importância desse marco. “Não estamos falando de números frios. Cada hectare preservado significa mais água, mais sombra, mais alimento para a fauna, mais vida. Essa redução só foi possível porque o estado assumiu a proteção da floresta como prioridade”, destacou a gestora.
Se combater o desmatamento é essencial, recuperar áreas degradadas é igualmente urgente. É isso que move o Programa ProVerde Piauí. Em 2024, foram distribuídas quase 880 mil mudas; em 2025, a meta é chegar a 1 milhão. O projeto já alcança mais da metade dos municípios e se prepara para chegar a todos.
Imagem: Divulgação
Mudas de árvores
Mudas de árvoresO secretário da Semarh, Feliphe Araújo, resume o espírito dessa iniciativa. “Plantar árvores é plantar futuro. O ProVerde é mais do que reflorestamento, é um movimento que une escolas, comunidades e cidades inteiras em torno de um mesmo objetivo: regenerar o que foi perdido e garantir qualidade de vida para as próximas gerações”, pontuando que a meta do programa é distribuir mais de quatro milhões de mudas frutíferas e árvores nativas até final de 2026.
Essas árvores são muito mais que paisagem. No semiárido, 67% das espécies nativas florescem durante a seca, sustentando as abelhas que mantêm a polinização e garantem a produção de alimentos. A natureza encontrou um jeito de se equilibrar em meio às adversidades — e cabe a nós aprender com ela.
O Piauí já é reconhecido como referência nacional: preserva uma das maiores áreas de Mata Atlântica em estágio avançado de conservação e exerce papel estratégico no cerrado, um dos biomas mais ameaçados do país e vital para a regulação do clima e da água.
As metas são ousadas: reduzir ainda mais o desmatamento ilegal, manter o ritmo de reflorestamento e consolidar corredores ecológicos que conectem áreas protegidas. Mas o recado deste Dia da Árvore é simples: não há futuro sem floresta. O que o Piauí ensina ao Brasil é que preservar é possível, regenerar é urgente e conviver com a natureza é a única maneira de garantir prosperidade para todos.
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