Motociclistas são os que mais sofrem acidentes de trânsito

18/02/2011 10h44


Fonte com informações da Globo

Os jornais mostram, os médicos alertam: "As motos lideram disparado a estatística do DPVAT".As histórias são tristes, mas elas se repetem em todo o Brasil. Em cidades grandes, em cidades médias e pequenas. Por que os casos de acidentes com motos só aumentam?

Embora representem apenas 25% da frota de veículos, as motos lideram disparado a estatística do DPVAT - o seguro cobrado de todos os proprietários de veículo automotor e pago a vítimas de acidente de trânsito. Em 2010, 60% das indenizações foram para motociclistas.

No Piauí, os dados do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) mostram que 91% dos acidentes de trânsito com vítimas fatais envolvem motociclistas, 85% dessas vítimas têm idade entre 17 e 35 anos.

"As vítimas são muito mais graves e muitas delas com sequelas, que têm mutilações e muitas vezes sofrem amputações decorrentes da gravidade do acidente", comenta o chefe da ortopedia, Marion dos Santos.

Para tentar diminuir os altos índices de acidentes o Detran deve intensificar a fiscalização em todo o Estado "Nós precisamos fazer uma união entre Estado, prefeituras e polícias para reduzir esses números", afirma o diretor geral do órgão, Tiago Mendes Vasconcelos.

Em 2010, a Companhia Independente de Policiamento de Trânsito (Ciptran) registrou 18 mil infrações de trânsito, um dos principais motivos são motociclistas sem capacete.

A média mundial de cirurgias de crânio no mundo é 11%, no Brasil esse número sobe para 18% e no Piauí a média chega a 67%. Os reflexos são sentidos no Hospital de Urgência de Teresina (HUT), onde são atendidos 70% de casos de acidentados de motos e 80% chegam ao óbito.

"Muitas das vítimas não usam equipamentos de segurança e nem fazem ideia dos estragos que um acidente pode causar. Os órgãos competentes, as entidades e a sociedade precisam se conscientizar e chamar à responsabilidade para que o problema seja solucionado", finaliza Tiago Vasconcelos.

Para o supervisor da Residência Médica em Ortopedia do HGV, Gerardo Vasconcelos, a solução macro para resolver a grande demanda de traumas ortopédicos no HUT é o investimento em educação no trânsito e a punição severa dos infratores. Os acidentes de trânsito congestionam o sistema de saúde todos os dias. "Este problema não é somente do Piauí, mas um problema de saúde pública no Brasil. Outra ação, a ser realizada em médio prazo, é o investimento no fortalecimento da atenção básica, especialmente a Estratégia Saúde da Família. E, em curto prazo, a ação necessária é a que estamos fazendo: parcerias nos três níveis de governo para amenizar o problema", explica.

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