Moradores de Lagoa do PI reclamam das gambiarras na rede elétrica

21/03/2015 08h47

Fonte G1 PI

Ligações improvisadas na rede elétrica colocam em risco a vida de moradores de Lagoa do Piauí, a 38 km ao Sul de Teresina. Apesar do perigo e do prejuízo com as oscilações de energia, eles ainda são obrigados a pagar pela iluminação pública, um serviço que não existe em muitas ruas.

O município que tem cerca de 4 mil habitantes ainda possuem postes de madeira para sustentar a rede elétrica, muitos deles estão quebrados, escorados ou amarrados uns aos outros com pedaços de fio. O maior perigo para os moradores é quando um fio de iluminação fica desencapado causando perigo de choque elétrico.

“Se chegar a cair uma rede elétrica dessa durante a noite e passar alguém a pessoa pode morrer. A preocupação da gente é com isso aqui (a fiação). A energia é oscilando o dia inteiro e a gente pode ter prejuízos com a queima de um aparelho, mas o preocupante mesmo é a fiação”, disse a lavradora Gervita Pessoa.

A dona de casa Angelina Josias, denunciou que os próprios moradores tem que fazerem reparos para evitar acidentes. “Os fios estão mais altos agora porque os próprios moradores ajeitaram, mas quando passa um tempo volta tudo novamente e qualquer um pode triscar nos fios”, relatou.

Para ter energia durante a noite a população teve que improvisar, mas a taxa de iluminação pública custa aos moradores mais de R$ 15 por mês. “Mesmo sem poste na rua eu pago cerca de R$ 400 todo mês. Nós estamos pagando por um serviço que não existe”, argumentou a professora.

A Eletrobras informou que a iluminação pública é de responsabilidade das prefeituras. Segundo a empresa, o município de Lagoa do Piauí foi beneficiado com a ampliação da subestação Nazária, que passa a fornecer um serviço mais confiável.

Em relação à sobrecarga, a Eletrobrás prometeu enviar técnicos para resolver o problema. Quanto às gambiarras, a empresa informou que pretende ampliar seu sistema elétrico para trinta mil casas em todo o estado.