Manifestantes espalham cruzes em lembrança a vítimas de feminicídio durante ato no PI

10/12/2020 18h23


Fonte G1

Imagem: ReproduçãoO pai de Vanessa Carvalho, jovem que morreu ao ser atropelada pelo namorado da amiga em setembro de 2019, Edson Carvalho, esteve presente na manifestação. Ele pediu justiça e ainda(Imagem:Reprodução)
 No Dia Internacional dos Direitos Humanos, 20 entidades e familiares de vítimas de feminicídio realizaram, na manhã desta quinta-feira (10), um ato público em frente ao Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI) contra a violência de gênero. Os manifestantes espalharam cruzes em lembrança às mulheres mortas no estado.

Em 2019 foram registrados, no Piauí, 28 casos de feminicídio, número maior que em 2018, que foi 26. Durante a pandemia, os casos de violência contra a mulher diminuíram, entretanto, a própria polícia acredita que seja o reflexo de uma subnotificação.

“Não existe nenhum motivo para comemorarmos. Por isso, estamos nas ruas. A comemoração que fazemos é a conquista desse dia, é o reconhecimento de que o ser humano tem direito. Enquanto mulheres, reivindicamos ainda mais, pois infelizmente, nós registramos ainda mais violência nesse período de pandemia”, disse Maria Madalena, membro da Frente Popular das Mulheres.

Os atos públicos em defesa das mulheres, segundo a Iluska Cristina, têm o objetivo de incentivar outras vítimas a denunciarem os casos de violência. “Quando nós realizamos esses atos, mulheres que são vítimas começam a nos procurar, a querer falar, a querer lutar por justiça, e é isso que hoje nós buscamos aqui”, comentou.

O pai de Vanessa Carvalho, jovem que morreu ao ser atropelada pelo namorado da amiga em setembro de 2019, Edson Carvalho, esteve presente na manifestação. Ele pediu justiça e ainda ressaltou que a luta não é somente sobre o caso de sua filha, mas sobre todas as vítimas de feminicídio.

“A gente convive com isso todo dia, com as mulheres sendo mortas por ‘monstros’, pessoas que vivem no meio de uma sociedade praticando esse tipo de ato. A minha luta não vai ser só quando resolver o problema da minha filha, eu vou estar sempre aqui defendendo esses direitos”, reclamou.


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Tópicos: casos, mulheres, entidades