Mãe de menina de 3 anos assassinada tentou esconder companheiro da Polícia; casal foi preso

23/04/2024 11h57


Fonte G1 PI

Imagem: ReproduçãoHUT abre protocolo de morte encefálica de menina de 3 anos; Polícia investiga suspeita de maus-tratos.(Imagem:Reprodução)HUT abre protocolo de morte encefálica de menina de 3 anos; Polícia investiga suspeita de maus-tratos.

A mãe de Ana Karoline Gomes Nunes, de 3 anos, menina que teve morte encefálica após maus-tratos, tentou esconder da investigação policial que tinha um companheiro, o padrasto da menina, segundo o delegado Célio Benicio, diretor de polícia do interior do estado. O casal foi preso suspeito de homicídio qualificado pela tortura e em contexto de violência doméstica e familiar contra menor e feminicídio nesta segunda-feira (22).

"A mãe da criança insistentemente afirmava que não tinha companheiro. Muitas oitivas foram realizadas e notadamente revelaram contradições. Então, ontem eles foram presos sob mandado temporário e agora vai se encaminhar a conclusão do inquérito policial dessa situação que deixou realmente todo mundo perplexo", explicou o delegado.

Até o momento, várias pessoas prestaram depoimento. Os policiais perceberam contradições nos relatos da mãe e do padrasto, o que levantou as suspeitas e motivou o pedido de prisão e de buscas, feito à Justiça.

Segundo a polícia, a menina sofreu lesões devido a pancadas na região da cabeça. Mandados de busca e apreensão foram cumpridos na casa onde os crimes aconteceram, assim como os aparelhos telefônicos do casal foram apreendidos.

Ainda conforme o delegado, ainda serão ouvidos vizinhos e outras pessoas que conviviam com a família. Os resultados dos exames periciais também ainda revelarão mais detalhes sobre como se deu o crime.
Imagem: Polícia CivilPolícia prende mãe e padrasto de menina de 3 anos que teve morte encefálica após maus-tratos.(Imagem:Polícia Civil)Polícia prende mãe e padrasto de menina de 3 anos que teve morte encefálica após maus-tratos.

Morte encefálica

O Hospital de Urgência de Teresina (HUT) confirmou nesta segunda-feira (22) a morte encefálica da menina, que deu entrada no hospital no dia 15 de abril com sinais de agressão física. Segundo familiares de Ana Kerolaynne , a menina foi internada com diversas fraturas pelo corpo e em estado gravíssimo.

O HUT e a família confirmaram que o protocolo de morte encefálica foi aberto na sexta-feira (19) e encerrado nesta segunda-feira (22), quando a morte encefálica dela foi confirmada.

O corpo de Ane Kerolaynne foi entregue a família. O velório acontece em Teresina, onde a menina morava há vários meses. Ela e a irmã já estavam matriculadas em escolas da capital.

Sinais de maus-tratos

Ao g1, a família informou que Ana Kerolaynne e a irmã mais velha, de quatro anos, moravam com a avó paterna em Teresina há vários meses e já estavam, inclusive, matriculadas em escolas da capital. Em janeiro deste ano, a mãe da menina levou-a para morar com ela em Esperantina.

"Só ficamos sabendo quando ela já estava no HUT. Visitei ela e ela está muito machucada mesmo, muito ferida. Nós queremos justiça, que seja punido quem fez isso. Ela está com várias fraturas, no braço, perna, no crânio, clavículas. A família toda está sem chão, muito abalada com tudo que aconteceu", lamentou uma familiar paterna da criança.


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