Investigados fazem delação premiada e responderão processo em liberdade

07/08/2017 13h50


Fonte Cidadeverde.com

Imagem: Cidadeverde.comClique para ampliarInvestigados fazem delação premiada e responderão processo em liberdade.(Imagem:Cidadeverde.com)

Seis dos nove suspeitos presos na operação Fantasma, deflagrada na semana passada, tiveram os mandados de prisão temporária convertidos em preventiva.

Entre os investigados estão uma mãe e três filhos, que são empresários, e mais cinco pessoas apontadas como laranjas que teriam participado de um esquema milionário de sonegação de impostos. O prejuízo ao Estado do Piauí pode chegar a R$ 180 milhões.

As investigações apontaram que a organização criminosa abriu pelo menos 61 empresas fantasmas, inclusive várias fora do Estado.

Foram presos os irmãos Mirtdams Júnior (apontado como líder da organização criminosa), Willams de Melo e João Canuto Neto. A mãe deles, a empresária Vera Lúcia de Melo de Leite. Além de Deodato R. de S. Neto, Jailton S. Barros, Gilmara M.Vieira. Antônia Sandra Silva (apontados como larnajas fixos) e Francisco Nilton Barros de Morais Trindade (apontado como contador).

A operação Fantasma foi articulada pelo Grupo Interinstitucional de Combate aos Crimes Contra a Ordem Tributária (Grincot) que integra a Deccoterc (Polícia Civil), Ministério Público Estadual, Procuradoria Geral do Estado, Sefaz-PI e 10ª Vara Criminal de Teresina.

O promotor de Justiça, Plínio Fontes, informou que três presos na Operação Fantasma fizeram delação premiada e irão responder o processo em liberdade. Em entrevista à TV Cidade Verde, o representante do Ministério Público disse que não pode dar detalhes do depoimento, mas garantiu que a colaboração robusteceu o inquérito do caso com novas provas.

“A gente não pode dar detalhes porque as delações estão sob sigilo judicial. A colaboração premiada só pode admitida se trazer provas novas e estas trouxeram ate documentos”
, conta o promotor.

Com as delações, o promotor informa que o número de envolvidos pode crescer e que novas prisões podem ser efetuadas. Também cresceu a quantidade de empresas de fachadas que foram abertas em nomes de “laranjas”. O total passou de 61 para mais de 100 CNPJ’s vinculados à associação criminosa presa na última semana. Ao todo, mais de R$171 milhões foram sonegados pela quadrilha.

Para recuperar o dinheiro sonegado, os bens dos investigados podem ir a leilão e os valores depositados em conta judicial, enquanto eles não são condenados.

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