Greve geral contra reformas bloqueia ruas e lojistas baixam as portas no Centro

28/04/2017 13h21


Fonte Cidadeverde.com

A ponte da Frei Serafim – principal via de acesso ao Centro de Teresina – foi bloqueada pelos manifestantes. Eles atearam fogo em pneus e gerou um congestionamento gigantesco até a avenida João XXIII.

Participando do protesto, desde às 8h, a deputada Flora Izabel (PT) criticou as mudanças propostas pelo governo federal e destacou que o trabalhador pobre será o grande perdedor com as mudanças. “Nós sabemos que o trabalhador não viverá tempo suficiente para contribuir e conseguir se aposentar. Tanto a reforma da previdência quanto a trabalhista só vêm para retirar direitos conquistados com muita luta. Não podemos deixar isso acontecer”, afirmou.

Cerca de duas mil pessoas estão concentradas na praça Rio Branco, Centro de Teresina, e a partir das 10h começam uma caminhada pelas ruas do Centro. O cruzamento das ruas Areolino de Abreu e Rui Barbosa permanece fechado.

Atualizada às 8h50

As ruas Areolino de Abreu e Rui Barbosa se encontram interditadas por manifestantes desde às 8h50. Com faixas contra as reformas Trabalhista e da Previdência, os grevistas estão parando os veículos que passam pelo local.

Alguns ônibus estão parados na Areolino de Abreu e os passageiros estão sendo orientados a descerem e seguirem a pé porque não há previsão de retorno.

Imagem: Cidadeverde.comGreve geral contra reformas bloqueia ruas e lojistas baixam as portas no Centro.(Imagem:Cidadeverde.com)

Atualização às 8h30

Os manifestantes já começam a se concentrar na praça Rio Branco, no Centro de Teresina, ponto que irá unificar os protestos contra as reformas da Previdência e Trabalhista.

O trânsito, por enquanto, está tranquilo e somente a rua Areolino de Abreu foi fechada, parcialmente, logo cedo, mas voltou a ser reaberta.

Funcionárias do comércio aderem à greve e lojistas estão fechando as portas. Lucicleide de Araújo informou ao Cidadeverde.com que os funcionários da loja que trabalha estão aderindo a greve geral contra a retirada de direito dos trabalhadores.

“Os patrões não gostam, mas não podemos voltar a época da escravidão em que vamos ficar sem férias, 13º. Estão tirando direitos conquistados há muitos anos”.


Imagem: Cidadeverde.comGreve geral contra reformas bloqueia ruas e lojistas baixam as portas no Centro.(Imagem:Cidadeverde.com)

Atualizada às 8h

O Piauí começa a parar em protesto contra as reformas da Previdência e Trabalhista, propostas pelo governo de Michel Temer. Nesta sexta-feira (28), sindicatos e movimentos sociais convocaram greve geral em todo o país. Em Teresina, o ato vai mudar a rotina de bancos, transporte coletivo, universidades, escolas privadas entre outros. O Sindicato dos Lojistas confirmou que as lojas funcionariam normalmente, mas parte dos estabelecimentos estão fechando as portas.

O vice-presidente do Sindicato do Trabalhadores de Empresas de Transportes Rodoviários (Sintetro), Francisco da Chagas Oliveira, disse que a categoria aderiu ao movimento e orienta que motoristas e cobradores de ônibus não se dirijam ao trabalho.

"Vamos seguir o movimento puxado pelas centrais sindicais e CUT e protestar contra essa reforma que atinge todos os trabalhadores do setor rodoviário e de todo o país. Orientamos os usuários do transporte coletivo, motoristas e colaboradores que fiquem em casa, não saiam. Se a reforma vier a se concretizar, jamais vamos nos aposentar vivos. Não é só o Temer que está tentando acabar com os nossos direitos, mas todos os deputados federais, inclusive do Piauí. Temos que ficar de olho neles e dar reposta nas urnas nas eleições do ano que vem para que a gente não eleja quem vota contra nosso direitos",
disse Francisco da Chagas Oliveira.

A expectativa é que ao longo do dia aconteçam várias paralisações do transporte coletivo. A primeira ocorreu por volta das 7h30 na rua Aerolino de Abreu, no centro da capital.

Um ato unificado está marcado para ocorrer pelas ruas do Centro. A concentração acontece a partir das 8h, na praça Rio Branco. Às 10h, os manifestantes vão sair em caminhada por vários pontos da cidade, passando pela Prefeitura de Teresina, Palácio do Karnak e a sede do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). O ato deve ser finalizado na praça da Liberdade, em frente ao Instituto Federal do Piauí (IFPI).

De acordo com o Governo do Estado, o ponto dos servidores estaduais não será cortado. Já os servidores municipais da Educação que aderirem ao movimento e não comparecerem ao trabalho terão desconto em folha.

Picos

No municípios de Picos, a 306 km de Teresina, já existe dois pontos de mobilização. Ao todo mais de 20 entidades aderiram a greve geral e saem em caminhada pela manhã. O ato será marcado com um abraço simbólico no prédio do INSS contra a reforma da Previdência e terceirização. Na cidade, mais de 70% das escolas privadas suspenderam as aulas. Já a rede municipal não aderiu a greve, bem como motoristas de ônibus e trabalhadores da área de Saúde.

Parnaíba

Manifestantes começam a chegar na Praça da Graça, no centro de Parnaíba. O ato está previsto para as 9h e promete ser tranquilo.

"O dia 28 entrará para a História como dia em que os trabalhadores se indignaram com o Governo Federal, um governo golpista que quer destruir o direito dos trabalhadores, passando pela reforma trabalhista e previdenciária. Isso é algo que não podemos aceitar, permitir que isso aconteça, pois são conquistas históricas que estão sendo destruídas através de uma PEC. A partir das 9h, vamos estar reunidos, fazendo coro ao Brasil que grita por reformas que possam garantir a sobrevivência do trabalhador e não a retirada de direitos. Nossa movimentação é pacífica, mas reivindicatória e justa"
, disse Ribamar Silva, presidente do Sindicato dos Previdenciários.

UFPI

Professores, servidores e estudantes bloquearam a entrada da Universidade Federal do Piauí na manhã de hoje (28). Francisco Leite, diretor Sindical, informou que os campi em Bom Jesus, Picos, Floriano e Teresina aderiram ao movimento.

“A Ufpi está fechada e o Brasil parado, não podemos aceitar os retrocessos. O Hospital Universitário, como é serviço essencial.,funcionará normalmente”,
disse Francisco Leite.

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