GRECO prende secretários, eletricistas e consumidores

12/03/2015 09h12


Fonte 180graus

Imagem: DivulgaçãoClique para ampliarOperação em conjunto com a Eletrobras flagrou furto de energia até em 2 prefeituras.(Imagem:Divulgação)

Uma operação realizada pela Eletrobras Piauí com apoio do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (GRECO), da Polícia Civil, conseguiu prender dois secretários municipais, dois eletricistas e outros seis consumidores. A ação visa combater o desvio e furto de energia e intervenção ilegal na rede de energia elétrica. A ação já é a terceira realizada só em 2015.

Os secretários são das cidades de Eliseu Martins e Alvorada do Gurgueia. O primeiro deverá ser liberado após pagamento de fiança. Em Elizeu Martins houve a denúncia de que o secretário de Erivan Vilanova teria pago um eletricista para fazer uma ligação clandestina na prefeitura. Já em Alvorada do Gurgueia, a equipe de fiscalização acabou flagrando uma ligação clandestina na prefeitura e o secretário de Administração do município foi levado preso.

Outra ocorrência registrada foi a prisão de dois eletricistas pegos intervindo na rede da Eletrobras Distribuição Piauí sem qualquer autorização. “Os eletricistas realizaram uma manutenção na rede sob a alegação de que a rede de iluminação pública estaria há mais de 10 dias funcionando de maneira ininterrupta, mas nada de oficial foi comunicado à Eletrobras em relação a esse problema. Não foi comprovada nenhuma reclamação junto a Eletrobras relacionada a esse problema, nem protocolo, nem ordem de serviço. Foram autuados em flagrante”, esclareceu o delegado.

Os dois eletricitas clandestinos foram enquadrados no art. 265 do Código Penal, que versa sobre atentado contra a segurança ou o funcionamento de serviço de água, luz, força ou calor, ou qualquer outro de utilidade pública, com pena de um a cinco anos e multa. Como nesse caso trata-se de crime inafiançável, foram conduzidos às celas da delegacia.

Uma das consumidoras presas foi uma senhora que determinou que um terceiro a religasse a energia depois de ter o fornecimento cortado por falta de pagamento. “Ela alegou que acreditava que a conta estava vindo errada, que fez reclamações, mas não comprovou que estava havendo uma cobrança indevida pela Eletrobras. O que ficou caracterizado foi o desvio de energia que havia na residência", afirmou o delegado Kleidson Ferreira. A proprietária do imóvel foi autuada pelo crime de furto, pagou fiança e foi liberada.

Depois de abranger as regiões de Esperantina e Parnaíba, o Vale do Gurguéia foi a região escolhida para esta nova operação. O gerente do Departamento de Fiscalização da Eletrobras Distribuição Piauí, Wênio Ribeiro, esclarece que as fiscalizações são realizada com base em reclamações recorrentes por falta de energia, decorrentes justamente de intervenções não autorizadas de terceiros na rede de distribuição.

A operação, que contou com 21 viaturas com equipes compostas por técnicos, engenheiro, líderes de regional, seis agentes policiais, um escrivão, um perito e um delegado, além do suporte de segurança patrimonial da empresa, realizou fiscalizações e autuações em flagrantes de crimes cometidos contra a prestação do fornecimento de energia elétrica.

Segundo Wênio Ribeiro, o primeiro dia da operação foi bastante positivo, uma vez que foram realizadas 16 inspeções diretas em consumidores e destas, em 15 foram constatados desvio, furto ou intervenção irregular na rede da Eletrobras Distribuição Piauí, representando 93% de assertividade.

Tanto Ribeiro quanto o delegado Kleidson Ferreira acreditam que esse tipo de ação ajuda a desvanecer a cultura da impunidade, demonstrando que tanto a Eletrobras Distribuição Piauí quanto a Polícia não tolerarão mais que o desvio e o furto de energia e a intervenção não autorizada na rede sejam encaradas como algo “normal” ou “corriqueiro”. A Eletrobras Distribuição Piauí e a Polícia Civil, na figura da GRECO, estão juntos no objetivo de coibir essas práticas criminosas.

Em contato com o 180, o prefeito de Eliseu Martins, Dr. Marcos, explicou que a suposta ligação clandestina flagrada pela Eletrobras e GRECO não ocorreu na sede da prefeitura, mas em um terreno doado para a Secretaria de Desenvolvimento Rural do Estado (SRD) em um poço perfurado pela própria SDR.

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