Governo decreta emergência em barragem com risco de rompimento no Sul do PiauÃ
10/02/2017 09h50Fonte Cidade Verde
O governador Wellington Dias (PT) decretou situação de emergência na barragem Vale Verde, em Socorro do Piauí, distante 487 quilômetros ao Sul de Teresina. Recomendação do Ministério Público pede um plano de recuperação do local "a fim de que seja evitada uma catástrofe, que poderia atingir vários moradores".O decreto, publicado no Diário Oficial da última quarta-feira (8), aponta que a barragem oferece risco não só para quem mora perto do reservatório, como também para a zona urbana do município.
Um relatório da Secretaria de Estado da Defesa Civil do Piauí aponta que há necessidade de recuperar a barragem com urgência "tendo em vista que o início do período das chuvas está previsto para os próximos dias". O mesmo documento aponta que "a não execução dos serviços em tempo hábil acarretará enormes prejuízos à segurança da população (...) haja vista que os problemas estruturais desta obra (...) provocam a diminuição dos parâmetros de resistência do maciço de terra e consequentemente pode levar a instabilidade e provocar o deslizamento do talude."
Ainda no relatório, segundo o decreto, a Defesa Civil deixa claro que foi identificada situação emergencial da barragem "em iminente risco de rompimento e inundação das comunidades localizadas nas proximidades da mesma.
O secretario estadual da Defesa Civil, Hélio Isaias, disse que as primeiras providências foram tomadas na região e a população não corre risco por conta da barragem. O gestor explica que a parede do reservatório não é de grande porte, mas já possui mais de 40 anos. Além disso, o sangramento de outras barragens acima dela podem elevar o volume de água na região.
"O decreto foi feito e agora vamos tomar as medidas necessárias para que a gente possa iniciar o mais rápido possível essa recuperação, devido também ao período chuvoso que está começando no Piauí", declarou.
O prazo do decreto de emergência é de 180 dias. Com a medida, o Governo aciona a Defesa Civil e outros órgãos responsáveis a agir para solucionar o problema, com liberdade para fazer contratações sem licitação.
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