Ex-prefeito de Sebastião Leal suspeito de corrupção e lavagem de dinheiro é posto em liberdade

28/12/2019 08h01


Fonte G1 Piauí

Imagem: Reprodução/FacebookEx-prefeito de Sebastião Leal, José Jeconias Soares de Araújo(Imagem:Reprodução/Facebook)

O ex-prefeito da cidade de Sebastião Leal, José Jeconias Soares de Araújo foi colocado em liberdade por uma decisão liminar assinada pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Dias Toffoli. A decisão foi tomada no dia 26 de dezembro.

José Jeconias é um dos investigados na Operação Bacuri, que prendeu o prefeito de Bertolínia, Luciano Fonseca, a esposa e mais sete pessoas no início de dezembro.

A decisão veio em resposta a um pedido de habeas corpus feito pela defesa do ex-prefeito. O documento determina que o Tribunal de Justiça Estadual substitua a prisão preventiva a que José Jeconias estava submetido por medidas cautelares a serem decididas pelo TJ.

Operação Bacuri

O ex-prefeito foi preso durante a operação Bacuri, desencadeada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Piauí. De acordo com a denúncia, José Jeconias é suspeito de organização criminosa, corrupção ativa, desvio de recursos públicos, crimes licitatórios e lavagem de dinheiro.

"A partir dos documentos apreendidos durante a operação e nas empresas do investigado, constatou-se que José Jeconias teria uma intensa participação na organização criminosa, sendo beneficiado em licitações fraudulentas, contratos irregulares, recebendo valores desviados do município e atuando na ocultação de patrimônio, também através de laranjas e de empresas fantasmas", diz a denúncia.

O ex-prefeito também foi doador da campanha do prefeito de Bertolínia em 2012 e que, conforme o relatório do Tribunal de Contas do Estado (TCE). As investigações apontaram que nos anos seguintes, as empresas de José Jeconias receberam vultosos pagamentos de Bertolínia, como principal fornecedor de combustíveis para os veículos do município.

As ações da operação Bacuri começaram dias antes, com a prisão do prefeito de Bertolínia, Luciano Fonseca (PT). Além dele, foram presos o pai, a mãe e a mulher do prefeito. O MP disse que foi determinada ainda pela Justiça a imediata suspensão do exercício da função pública do prefeito.

De acordo com a polícia civil, a investigação teve início após relatório do Tribunal de Contas do Estado, que teria detectado irregularidades na cidade. Um dos casos ainda à espera de julgamento é o de uma ambulância da cidade foi achada em uma fazenda e, segundo o Ministério Público, teria sido usada como pagamento de uma dívida pessoal do prefeito. À época, Luciano disse ao G1 que o veículo havia sido leiloado por ser considerado "bem inservível".

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