Ex-PM condenado por matar namorada com um tiro na cabeça vai para o regime semiaberto no Piauí

29/12/2022 08h58


Fonte G1 PI

Imagem: ReproduçãoEx-policial militar Allisson Wattson.(Imagem:Reprodução)Ex-policial militar Allisson Wattson.

A Justiça concedeu progressão para o regime semiaberto ao ex-capitão da Polícia Militar Allison Wattson da Silva Nascimento, condenado a 17 anos e seis meses de prisão pela morte da namorada Camilla Pereira de Abreu, de 21 anos. O crime ocorreu em outubro de 2017.

A decisão foi proferida em setembro deste ano pelo juiz de direito Carlos Hamilton Bezerra Lima, da Vara de Execuções Vara de Execuções Penais em Regime Fechado e Semiaberto de Teresina. O Ministério Público opinou favorável ao pedido.

A data para o benefício da progressão da pena era 17 de dezembro, contudo, foi antecipada porque Allison Wattson tinha 177 dias trabalhados na Penitenciária Irmão Guido, recebendo o direito a 59 dias de remição da pena.

Com a mudança para o regime semiaberto, o ex-capitão pode sair ou até mesmo trabalhar fora do presídio, com retorno ao sistema prisional no fim da tarde.

Como o crime aconteceu
Imagem: Reprodução / FacebookCapitão da PM é acusado de matar a estudante Camilla Abreu.(Imagem: Reprodução / Facebook)Capitão da PM é acusado de matar a estudante Camilla Abreu.

O então capitão da Polícia Militar, Allison Wattson, namorou a estudante de direito Camilla Abreu por cerca de dez meses, entre términos e retornos. Amigas da estudante relataram, à época do crime, que o réu tinha comportamento “agressivo” e era extremamente ciumento e possessivo.

Na noite do dia 25 de outubro, ele foi a última pessoa que esteve com Camilla e somente cinco dias depois confessou que a matou, com um tiro na cabeça dentro do carro dele, e enterrou o corpo em um lixão no povoado Mucuim, zona rural de Teresina.

O desaparecimento de Camilla chegou a ser registrado no Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) e a polícia passou a investigar. Durante os cinco dias que a família procurou a estudante, o policial alegava que a tinha deixado na casa do pai, depois de saírem, e não a tinha visto mais.

Allison foi preso ao confessar o crime e mostrar onde estava o corpo. No início das investigações, ele chegou a dizer que o tiro havia sido acidental, mas o laudo pericial descartou a possibilidade. Ele foi preso em flagrante e um dia depois a prisão foi convertida em preventiva.

O então capitão ficou em um presídio militar até perder a patente e ser expulso da Polícia Militar em fevereiro de 2019. Depois, ele foi transferido para a penitenciária Irmão Guido.

A Polícia Civil indiciou o namorado da vítima por três crimes: feminicídio, ocultação de cadáver e fraude processual. A perícia constatou ainda que Camilla foi agredida antes de ser morta com o tiro na cabeça. A audiência de instrução e julgamento realizada em fevereiro de 2018 decidiu que o caso iria a júri popular, que julga crimes dolosos contra a vida.

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Tópicos: crime, camilla, allison