Chapa de oposição à reitoria da UFPI propõe reorganização orçamentária

13/05/2016 14h03


Fonte Cidadeverde.com

A candidata à vice-reitoria da Universidade Federal do Piauí (UFPI), professora Marta Azevedo, falou em entrevista ao Jornal do Piauí desta sexta-feira (13) que a chapa 1, "Participação e Mudança", pretende rever os investimentos realizados na instituição. Segundo ela, a chapa de oposição pretende garantir maior participação da comunidade acadêmica na alocação dos recursos.

"Nós temos acesso a um relatório da lei orçamentária, mas isso é apenas previsão de projetos, queremos saber dos gastos reais. Por isso fazemos a crítica a esse modelo. E há como resolver. Queremos a participação da comunidade da universidade na alocação dos recursos, para sabermos que cursos precisam de investimentos e que pesquisas devem ser feitas para resolver nossos problemas. A sociedade tem que participar",
declarou.

Imagem: DivulgaçãoClique para ampliarUniversidade Federal do Piauí(Imagem:Divulgação)

Ela comentou a forma como os recursos têm sido administrados e defendeu a descentralização dos valores, hoje focados somente no ensino superior, segundo ela - deixando em segundo plano a pós gradução, pesquisa e extensão.

"Queremos debater a descentralização dos recursos. Hoje, 95% estão na administração superior e desses, 88% estão na reitoria. Queremos uma matriz com indicadores, como taxa de permanência e taxa de acesso ao ensino e isso deve ser construído no seio da comunidade. Não é uma discussao só de duas pessoas, mas de toda a comunidade",
disse.

Segundo a candidata, é preciso incorporar também no debate a presença da comunidade externa da Universidade, devido aos problemas econômicos e sociais vividos pelo estado do Piauí, que podem ter o auxílio da academia.

"Precisamos da comunidade interna e externa, tanto de professores, técnicos e estudantes, quanto de movimentos sociais, de toda a sociedade que está presicando de desenvolvimento. Sabemos que o Piauí tem índices de analfabetismo e de morte infantil altíssimos e um IDH baixo",
destacou.

Quanto à mudança do governo federal - com Michel Temer assumindo interinamente no lugar de Dilma Rousseff - e o impacto que este processo teria na Ufpi, a professora disse que "vivemos uma crise muito complexa e já vínhamos sofrendo impactos no processo de privatização das instituições. Estamos em um enfrentamento grande quanto aos cortes de verbas, que na educação foram da ordem de R$ 14 bilhões e as universidades sofrem".


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