Casos suspeitos de hanseníase são examinados em mutirão

28/01/2018 08h30


Fonte Cidadeverde.com

Imagem: DivulgaçãoClique para ampliarCasos suspeitos de hanseníase são examinados em mutirão.(Imagem:Divulgação)

A clínica dermatológica do Hospital Getúlio Vargas (HGV) recebeu no último sábado(27) o Mutirão da Mancha Suspeita, que é realizado todos os anos em alusão ao Dia Mundial de Combate à Hanseníase.

A atividade foi organizada pela Fundação Municipal de Saúde (FMS), em parceria com a Secretaria Estadual de Saúde (Sesapi).

O mutirão era aberto para qualquer pessoa com sintomas de hanseníase, bastava comparecer ao local portando cartão do SUS e documento de identificação. Três dermatologistas, uma infectologista e três enfermeiras estiveram realizando os testes, que são basicamente clínicos: um teste de contato com tubos quentes e frios dentro e fora da mancha para detectar alguma diferença na sensibilidade. Em caso positivo, o paciente é encaminhado para tratamento, que é feito por uma combinação de medicamentos e fornecido gratuitamente pela Atenção Básica Municipal.

“O tratamento pode durar de seis a 12 meses e, após um mês tomando a medicação, a pessoa já não transmite a doença”,
explica Amparo Salmito, gerente de epidemiologia da FMS.

"Os principais sintomas de hanseníase são manifestações na pele, como manchas avermelhadas, amarronzadas ou esbranquiçadas que apresentam dormência e alterações na sensibilidade, e também alterações nos nervos, dormência nos pés e nas mãos, mesmo sem o aparecimento de mancha”,
explica o dermatologista Jesuíto Dantas. A transmissão se dá por meio de gotículas de saliva eliminadas durante a fala, espirros ou tosse – um tipo de contato prolongado, que requer um convívio mais íntimo e torna o contágio mais comum no seio familiar. “Pessoas em contato constante com algum paciente devem ser acompanhadas por cinco anos pela Unidade Básica de Saúde e fazer exames o mais cedo possível, pois as manifestações podem ocorrer até este período”, explica o médico.

Antônia Alves, por exemplo, estava receosa porque oito membros de sua família já tiveram hanseníase, entre eles seu pai, de quem ela é cuidadora. “Eu achei umas manchas na minha pele, por isto estou aqui. A hanseníase acontece no mundo todo, e mesmo que eu não tenha nada, não custa nada se prevenir”, disse a dona-de-casa, que teve seu exame dado como negativo.

O objetivo da campanha Janeiro roxo é acabar com o preconceito, por se tratar de uma doença que historicamente já foi considerada uma sentença de morte e de deformidades físicas. “Este pensamento precisa acabar, principalmente com o diagnóstico precoce e com a informação em saúde”, alerta Amparo Salmito.

A hanseníase é ainda um problema grave no mundo e no Brasil, que ocupa atualmente o 2º lugar em detecção de casos novos da doença. Em Teresina, dados parciais da FMS indicam que 384 novos casos de hanseníase foram diagnosticados em 2017, com taxa de 38,8/ 100.000 habitantes.

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