Cão é achado com sinais de queimaduras por água quente

07/12/2018 13h44


Fonte CidadeVerde.com

Imagem: Celina LiraClique para ampliarCão é achado com sinais de queimaduras por água quente.(Imagem:Celina Lira)

Um mestiço de pischer, batizado de Filé, teve a vida salva pela psicóloga Celina Lira. Com o corpo infestado de carrapatos e com queimaduras nos olhos, que podem ter sido provocadas por água quente, o animal foi abandonado na Rua Tenente Lauro Lopes, no Vale Quem Tem, na zona Leste de Teresina.

O caso de Filé e do cãozinho morto em um supermercado em São Paulo são apenas dois dos inúmeros que ocorrem todos os dias. Em onze meses, mais de 200 ocorrências foram registradas na Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente no Piauí.

"Estava saindo para o trabalho e me deparei com ele no meio da rua, na frente da minha casa. Tinha sinais de maus-tratos e abandono. Os olhinhos dele estavam em carne viva e isso me deixou muito comovida. Ele estava com os olhos vermelhos e muito ofegante. Parecia que ia morrer. Então, eu e meu marido resolvemos colocá-lo para dentro de casa e à tarde levamos a uma clínica", conta a psicóloga.

Ela acredita que o cãozinho tinha dono e, provavelmente, foi abandonado e teve os olhos queimados por suspeitarem de alguma doença.

"Ele não é um cachorro velho e uma coisa me chamou a atenção: os dentinhos todos branquinhos. Parece que tinha dono que o abandonou porque suspeito que podia estar doente. Os olhos deles foram queimados e o veterinário não descartou a hipótese de que tenha sido com água quente", cogita a psicóloga.

Filé foi submetido a uma série de exames, permanecendo internado em uma clínica particular.

O resgate de Filé ocorreu na última quinta-feira (06), mesmo dia que outro cãozinho, o Chico, também ganhou uma nova vida. O animal foi agredido com um tijolo na cabeça e permanece internado. Apesar da pancada, o veterinário Ângelo Sousa explica que o animal está com as taxas renais e hepáticas preservadas. Quem quiser adotar Chico pode entrar em contato através do (86) 9 9916 8798.

Delegacia registrou mais de 200 ocorrências

Bruna Fontenele, titular da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente no Piauí, cita situações consideradas maus-tratos que podem resultar, inclusive, em prisão.

"O ferir, mutilar o animal, assim como colocar o animal em situações adversas como sem água, sem comida, exposto ao sol, tudo isso representa maus-tratos. Qualquer tipo de maus-tratos deve ser denunciado. Se a pessoa for pega em flagrante, será presa, conduzida à Central de Flagrantes onde será feito um procedimento criminal", explica a delegada Bruna Fontenele.

A Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente no Piauí disponibiliza os contatos (86) 3230 2025, 9 9541 9310, 9 9449 2387. para denúncias que, inclusive, podem ser anônimas.

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