Candidata presa escreve fragrante e tranzito em teste que foi aprovada

10/05/2017 13h10


Fonte Cidadeverde.com

Imagem: Cidadeverde.comClique para ampliarCandidata presa escreve fragrante e tranzito em teste que foi aprovada.(Imagem:Cidadeverde.com)

Erros grosseiros de português e respostas vazias diante de um crime são alguns dos despreparos evidentes de uma candidata presa e aprovada no concurso da Polícia Civil do Piauí.

Na prova a candidata escreve “tranzito” (trânsito), “fragrante” (Flagrante) e prissão (prisão), além de respostas sem qualquer fundamento. O Cidadeverde.com divulga a prova, que é um dos itens que está no inquérito que investiga a operação “Infiltrados” que resultou na prisão de 21 pessoas, sendo 12 deles policiais civis aprovados.

O delegado do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco), Kleydson Ferreira, informou que teste foi realizado por uma das candidatas suspeitas de pagar para conseguir passar no concurso para o mesmo cargo, feito em 2012. Apesar dos erros de português e que mais parecem pérolas do Enem, ela foi aprovada no certame só não assumiu o cargo de policial porque foi eliminada na prova de tiros.

Das nove questões da disciplina de Noções de Direito Processual Penal (realizada em 2014) apenas três foram respondidas corretamente.

"Essa candidata vinha chamando a atenção desde o curso de formação na Acadepol, por responder provas com erros grotescos de português, sem concatenar ideias, sem raciocínio lógico. A maioria dessas respostas são absurdas. Nessa disciplina, o candidato podia reprovar mas não era excluído, pois havia uma espécie de recuperação. Ela passou no concurso, começou a fazer o curso de formação, mas reprovou na prova de armamento e tiro e acabou sendo eliminada",
disse o delegado Kleydson Ferreira, responsável pelo inquérito.

Sobre a candidata, o delegado do Greco acrescenta ainda que chamou a atenção o fato dela ter apresentado um diploma de formação em curso superior emitido pela Universidade Estadual do Piauí (Uespi). "Será levantado se o documento é ou não falso", reitera.

A investigação da Polícia Civil apontou que os candidatos pagaram R$ 25 mil para conseguirem aprovação. Dos 23 investigados, 13 são policiais civis. A maioria dos presos já foram ouvidos e os demais serão interrogados nesta quarta-feira (10). Dos investigados há apenas dois estavam foragidos Antônio Lopes da Silva Júnior (policial civil) e Hermeson José da Silva.

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