Após cassação inédita por candidaturas "laranjas", Câmara de Valença terá mulher na presidência
08/10/2019 14h28Fonte G1 PI
Imagem: Marcos Teixeira/TV Clube Vereadores tomam posse na Câmara Municipal de Valença.
Vereadores tomam posse na Câmara Municipal de Valença.
 Vereadores tomam posse na Câmara Municipal de Valença.
Vereadores tomam posse na Câmara Municipal de Valença.A Câmara Municipal de Valença do Piauí terá a quarta mulher na presidência, a vereadora Iris Moreira (PP). Ela foi a mais votada pela nova composição da Câmara, onde suplentes tomaram posse dos cargos na manhã desta terça-feira (8), após a cassação inédita, feita pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) do registro de candidatura de seis vereadores eleitos e um candidato a vereador da cidade.
O Tribunal Superior Eleitoral cassou o registro da coligação “Compromisso por Valença I” e “II” por uso de candidaturas "laranjas" para preenchimento da cota mínima de gênero. Ao todo, há 11 vereadores na Casa e a quantidade de mulheres na Câmara subiu de três para quatro, melas continuam sendo minoria.
Assumiram hoje, entre as mulheres: Edilsa do Vale (PMDB), Geane Vieira (PT) e Professora Iara Costa (PP).
Com a cassação, duas mulheres deixam a Câmara: Ariana Rosa (PMN) e Fátima do Caetano (PTC). Permanece na Casa apenas uma das candidatas eleitas em 2016: Iris Moreira (PP), que foi a mais votada para presidente da Casa. O ex-presidente era Nonatim Soares (PSDB), que foi um dos cassados.
Entre os homens, assumem, após a decisão: Joaquim Filho (PTB), Vanildo Castro (SD) e Garotinho Dhone (SD).
Dos oito diplomados em 2016, quatro saem: Nonatim Soares (PSDB), Leonardo Nogueira (PROS), Stenio Rommel (PPS) e Benoni (PDT). Permanecem no cargo: Rubens Alencar (PMDB), Prof. Leilivan Martins (PMDB), Lucivaldo Monteiro (SD) e Dr. Rayonardo Mendes (PHS).
Cassação
Conforme o processo, cinco candidaturas de mulheres à Câmara de Vereadores eram falsas e somente visavam o preenchimento da cota mínima de gênero.
Pela legislação eleitoral, nas eleições proporcionais (vereadores, deputados estaduais e federais), cada partido ou coligação deve preencher o mínimo de 30% e o máximo de 70% para candidaturas de cada sexo.
Por entender que houve irregularidades, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Piauí cassou todos os beneficiados. Os desembargadores destacaram que as mulheres sequer fizeram campanha, sendo que uma delas não foi votar e outra, que compareceu, não obteve voto.
Precedente
A discussão no TSE poderá formar um precedente aplicável ao outros casos de candidaturas laranjas, como o do PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro.
Há investigações sobre supostas fraudes cometidas pelo partido nas eleições de 2018 em Pernambuco e em Minas Gerais.
Um dos casos envolve o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, alvo de apurações que miram irregularidades no repasse de recursos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha pelo PSL a quatro candidatas a deputado estadual e federal no estado, nas eleições de 2018.
Desde o início das investigações, o ministro e o partido negam as acusações. o PSL diz ainda que há "investigação seletiva" no caso.
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