Amor em Tempo Integral: a jornada das mães moradoras do Hospital Infantil LucÃdio Portella
11/05/2025 22h27Fonte Governo do PiauÃ
Há 13 anos morando no Hospital Infantil Lucídio Portella, Maria Irene da Silva, de 34 anos, abdicou de tudo na vida para cuidar da filha, Maria Irislene, que desde 2012 mora na unidade de saúde, após o diagnóstico de uma doença neurológica.“Não tem amor maior no mundo não, só isso para me sustentar e estar aqui com ela. Aqui todos os dias são iguais, mas faria isso mil vezes se fosse preciso”, relata.
A maternidade é um dos vínculos mais intensos e incondicionais da experiência humana. Em situações de fragilidade extrema, como quando um filho depende de internação prolongada, esse vínculo se transforma em dedicação integral.
Imagem: Divulgação

Essas mulheres muitas vezes abdicam de suas vidas pessoais, do trabalho, do convívio familiar e da própria saúde para estar ao lado dos filhos internados. Como é o caso da empregada doméstica, Josemira da Costa Silva, de 34 anos, da cidade de Altos.
Mãe de três filhos, ela mora no Hospital Infantil Lucídio Portella, há quatro anos, após o pequeno David Ravi, de 5 anos, ser diagnosticado com atrofia medular espinhal (AME).
“Quando ele foi diagnosticado com essa doença rara, que não tem cura. Os médicos disseram que ele só existiria até um ano de vida. E ele está aqui com 5 aninhos de vida para honrar a glória do Senhor Jesus. Eu me sinto muito feliz de estar ao lado do meu filho, de poder cuidar dele, de ter essa oportunidade de estar ao lado dele. Isso é maravilhoso para mim. Eu me sinto uma mulher muito feliz. Por ter essa oportunidade de ser mãe de uma criança especial”, conta.
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Para proporcionar um convívio mais aconchegante, nesta internação prolongada, a direção do HILP busca transformar esses leitos em locais de acolhimento humanizado, garantindo a essas mulheres cuidados e tentando amenizar a rotina hospitalar. Como explica a diretora clínica do HILP, Lorena Mesquita.
“Essas mães que estão aqui no HILP abrem mão de sua vida, de ser mulher, muitas vezes da convivência com os outros filhos para se dedicarem exclusivamente a essas crianças. E aqui nossa função não é só cuidar do filho, também precisamos acolher essas mães. E a forma que encontramos é perguntando como é que elas estão. Também realizamos passeios com as mães, onde levamos elas para uma atividade física, que é outra forma delas ficarem mais descontraídas. No intuito, exatamente, de devolver para essas mães uma melhor vida”, lembra a médica pediatra.
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Atualmente oito crianças vivem na UTI dedicada aos cuidados de crianças com atrofia medular espinhal (AME), uma dessas é a pequena Lara de 1 ano e 9 meses, filha da Stanaina Magalhães, 35 anos, de Teresina, que este ano passará o seu primeiro Dia das Mães como mãe de internado prolongado.
“ Estou aqui com a Lara porque minha filha é tudo que eu tenho para mim. Estou todo tempo com ela aqui, somos muito apegadas, toda hora ela chama a mamãe. Minha vida desde o diagnóstico dela é aqui vendo ela melhorar a cada dia e para mim esse será um dia das mães especial ao lado da minha filha, buscando pela saúde dela”, disse a dona de casa.
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