Adolescentes relatam medo de morrer em meio aos disparos na Capital

01/08/2018 07h53


Fonte CidadeVerde.com

Imagem: Lyza FreitasClique para ampliarAdolescentes relatam medo de morrer em meio aos disparos na Capital.(Imagem:Lyza Freitas)

Os dois adolescentes atingidos por disparos de arma de fogo no bairro Frei Damião conversaram com o Cidadeverde.com na última terça-feira (31), um dia após o crime. Eles relataram que só viram quando o carro se aproximou deles na rua, encostou bem perto, abaixou os vidros e efetuaram quatro disparos.

O adolescente de 16 anos, que levou o tiro de raspão na panturrilha, disse que quando ouviu o primeiro disparo percebeu que tinha sido atingido. Já o outro adolescente, também de 16 anos, relatou que só percebeu que havia levado um tiro no pé esquerdo quando chegou à casa do vizinho.

“Foram quatro disparos. Na hora que eles começaram a atirar todo mundo saiu correndo e eu só fui perceber que fui atingido quando cheguei à casa do vizinho e vi que tinha algo de errado com o meu pé, que estava ensanguentado”, disse um dos adolescentes, que preferiu não se identificar.

As vítimas relataram que não conheciam e não conseguiram identificar nenhum dos três suspeitos que acreditam que estavam no carro. Também não sabem relatar quem atirou, se o motorista, o carona, ou quem estava na parte de trás do carro.

O adolescente atingido no pé relatou que é comum sentarem na porta de casa conversando. “Eles chegaram muito rápido, encostaram o carro muito perto da calçada, baixaram o vidro e dispararam. Fiquei com muito medo de morrer, quem não fica, não é? Fiquei tão desesperado que ao invés de entrar na casa da minha mãe, sai correndo para a casa ao lado”, relatou.

Os adolescentes prestaram depoimento na manhã de hoje para a delegada Laura Monteiro, titular do Distrito Policial da área.

A mãe de um dos adolescentes disse que nenhum familiar tem ideia de quem pode ter efetuado os disparos, porque as pessoas que estavam no local, no momento do tiroteio, não tem envolvimento com drogas ou atividades ilícitas e nem passagem pela polícia.

“Até onde a gente sabe nenhum dos garotos tem envolvimento com droga ou já foi fichado. Por isso é que a gente não tem a menor ideia do porque e nem de quem tenha atirado”,
acrescentou a mãe.

Nova testemunha

Além das vitimas, uma testemunha também prestou depoimento à delegada Laura Monteiro na manhã de hoje e conversou com a equipe do Cidadeverde.com.

Um rapaz de 22 anos, que não quis se identificar, relatou que foi abordado por um dos suspeitos que estava no carro minutos antes dos disparos acontecerem.

“Eu estava na parada de ônibus com a minha mulher e um dos caras desceu do Celta apontou uma arma para mim e perguntou duas vezes se eu era sujo, e eu neguei as duas vezes. Então, ele voltou para o carro, entrou, e seguiu. Eu fiquei nervoso sem entender o que estava acontecendo e olhei logo mais a frente, para onde o carro seguiu, e vi que eles encostaram o carro e efetuaram os disparos”, declarou.

Tiroteio

No dia 30 de julho de 2018, no período da tarde, uma criança e dois adolescentes foram atingidos por disparos de arma de fogo. A criança e um dos adolescentes foram encaminhados para o HUT; o terceiro recebeu atendimento na UPA do Renascença e já foi liberado. O caso correu no Bairro Frei Damião, na zona Sudeste de Teresina. As vítimas estavam em uma calçada quando sofreram os disparos. Os suspeitos estavam em um carro - Celta cor Prata.

Suspeito apreendido

Um adolescente de 17 anos foi apreendido suspeito de ser o autor dos disparos. Ele foi apreendido por volta das 11h30 em sua residência no bairro Renascença, também na zona Sudeste. O suspeito foi interrogado pela delegada Laura Monteiro, do 24º Distrito, que acompanha o caso. Segundo a delegada, ele apresentou um depoimento confuso.

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