Acusado de assassinar Aretha Dantas Claro alega temer por sua integridade física

12/02/2020 08h41


Fonte 180 graus

Imagem: ReproduçãoAcusado de assassinar Aretha Dantas Claro alega temer por sua integridade física(Imagem:Reprodução)

ACUSADO DE EXTREMA VIOLÊNCIA, DIZ ELE ESTAR COM MEDO

Paulo Alves dos Santos Neto, o homem apontado como responsável pela morte da cabeleireira Aretha Dantas Claro, assassinada brutalmente, apresentou petição ao juízo da 1ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Teresina, através da qual se recusa, em um primeiro momento, a apresentar o endereço residencial junto aos autos do processo, de forma pública.

Quando da soltura, em janeiro, uma das determinações impostas pelo juiz Antônio Reis de Jesus Nollêto, ao alegar excesso de prazo e justificar a liberdade do homem acusado de assassinar, era de que Paulo Neto informasse ao juízo “sobre eventual mudança de endereço”.

Alertou ainda, o magistrado, que “em caso de descumprimento das obrigações impostas (cinco ao todo), (haveria) a decretação de outra medida em cumulação e, como medida extrema, a prisão preventiva”.

Ocorre que Paulo Alves dos Santos Neto, o homem que teria matado Aretha com extrema violência, com inúmeras facadas, frise-se, mudou de residência, e ainda não informou em juízo, de forma pública, onde estaria, somente que se encontra “residindo na casa de um familiar”, mas que, “por questões de segurança”, não iria apresentar seu novo endereço.

“Por questões de segurança, o acusado pugna que possa apresentar o seu novo endereço em Secretaria (onde deverá permanecer sob sigilo), ou então que Vossa Excelência, quando precisar intimar o peticionário, acesse seus dados no CIAP, local onde todas as informações relativas ao acusado estão atualizadas e guardadas sob sigilo”, alega.

Contou antes, através dos seus advogados, que “por ter passado 609 (seiscentos e nove) dias preso, não teve condições de retornar à sua antiga residência (cujo contrato de locação já se encerrou). No entanto, o requerente informa que está residindo na casa de um familiar, localizada nesta cidade”.

Esclarece ainda que “não está apresentando seu novel endereço nesse sistema, tendo em vista que a presente plataforma é pública, de modo que, por uma questão de resguardo da integridade física, revela-se um pouco temerário apresentá-lo aqui. De qualquer modo, cumpre informar, neste momento, que o denunciado está à inteira disposição de Vossa Excelência para a prática de quaisquer atos que forem necessários”.

“E, na eventualidade deste Douto Juízo entender que, mesmo assim, o acusado necessite apresentar endereço nesta plataforma, ele o fará, em total obediência ao que se entender diante da situação!”
, pontua.

Aparentemente não há motivos claros e concretos para o temor do acusado.

O CRIME

Aretha foi assassinada em maio de 2018. A vítima foi encontrada morta na Avenida Maranhão, capital Teresina, com perfurações de faca e sinais que fizeram os investigadores deduzirem ser de atropelamentos.

Na época a polícia chegou a informar que foi encontrado sangue na placa dianteira e traseira do veículo localizado na residência ocupada por Paulo Neto.

Ainda não há data para o julgamento no Tribunal do Júri.

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Tópicos: acusado, homem, aretha