72% dos conflitos familiares terminam em acordo, diz Defensor

29/07/2017 08h13


Fonte Cidadeverde.com

Imagem: Cidadeverde.comClique para ampliarProcurador João Castelo Branco de Vasconcelos Neto(Imagem:Cidadeverde.com)Procurador João Castelo Branco de Vasconcelos Neto

A Defensoria Pública do Estado do Piauí já realizou, desde 2015, mais de 2.000 conciliações através do Núcleo de Solução Consensual de Conflitos. Um número que ganha mais evidência quando se vê o percentual de sucesso: 72% dos conflitos terminam em acordo através de mediações realizadas pelo Núcleo.

O sucesso está associado a uma mudança de diretriz, que parte do entendimento de que por trás de cada processo judicial há pessoas. “Não se pode olhar um processo só como relação jurídica”, diz o procurador João Castelo Branco de Vasconcelos Neto, chefe do Núcleo, que hoje cedo concedeu entrevista ao Acorda Piauí, na rádio Cidade Verde. Para ele, é fundamental que se enxergue os envolvidos como seres humanos.

Na entrevista ao Acorda Piauí, João Neto acentua que “não dá para confundir resolver processo com resolver conflito”, especialmente na área de família. Num caso de divórcio, por exemplo, muitas vezes os envolvidos chegam à sala do juiz brigando, chegam a um acordo sobre a disputa e continuam brigando.

Para o Defensor Público, essa é a grande diferença da mediação realizada pelo Núcleo, que busca soluções efetivamente pactuadas e que encerrem o conflito. E ressalta a importância de ouvir os envolvidos.

Mas João Neto admite que o trabalho da Defensoria Pública poderia ter maior alcance, inclusive com mais ampla capilaridade da instituição, com mais unidades distribuídas pelo interior. Hoje a Defensoria está em apenas quatro cidades. Além disso, faltam defensores e também outros profissionais que deem suporte no trabalho de mediação. Por exemplo, psicólogos.

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