"Operação Disfarce", da PF, faz prisões em Teresina
13/08/2010 08h44Fonte PolÃcia Federal
A Operação Disfarce foi desencadeada nesta quinta-feira pela Força-Tarefa Previdenciária do Maranhão (FTP/MA), composta pela Polícia Federal, Ministério da Previdência Social e Ministério Público Federal, com o objetivo de reprimir o crime previdenciário no Estado.A operação tem a finalidade de dar cumprimento a 25 mandados judiciais – 4 de prisão preventiva, 8 de prisão temporária e 13 de busca e apreensão – expedidos pela 2ª Vara Federal de São Luís a pedido da Polícia Federal, a serem executados nas cidades de Barra do Corda (MA) e Teresina (PI).
As investigações, iniciadas em 2009, levaram ao desmantelamento de uma quadrilha de fraudadores do INSS composta por agenciadores, corretores de crédito e policiais civis, com atuação principalmente na região de Barra do Corda/MA, tendo participação efetiva de funcionários de bancos públicos e privados, responsáveis pela renovação e desbloqueio de senhas de cartões magnéticos de benefícios previdenciários pertencentes a aposentados ou pensionistas já falecidos.
Estão envolvidos na operação 80 (oitenta) policiais federais do Maranhão e do Piauí, além de técnicos do Ministério da Previdência Social. A Secretaria de Estado de Segurança Pública e a Polícia Civil do Maranhão também acompanham a operação, em razão da expedição de mandados de prisão preventiva contra 3 policiais civis de Barra do Corda/MA.
O prejuízo aos cofres da União, decorrente de saques irregulares de aposentadorias e pensões de pessoas já falecidas e da obtenção de empréstimos consignados em tais benefícios previdenciários, ultrapassa R$ 1 milhão (um milhão de reais), levando-se em consideração apenas os fatos apurados até o presente momento.
Foram presos Adriana Brasil da Silva; os policiais civis Luís Edmundo Lisboa e Claudio Richardson Bandeira da Silva; Ana Carolina Sousa Arruda; Francisco Gomes Sobrinho; Gerônimo Moreira Macial; José Rubem de Sousa; Sandro Araújo de Sousa; Valberto Barbosa da Silva e Zeca, conhecido como Jeca do Juá. Encontra-se foragido o policial civil Deodoro Rupkoff.
Os investigados foram indiciados pelos crimes de estelionato (CP, art. 171, § 3º), formação de quadrilha ou bando (CP, art. 288), inserção de dados falsos nos sistemas da administração pública (CP, art. 313-A), corrupção ativa (CP, art. 333) e quebra de sigilo bancário (Lei Complementar nº 105/2001, art. 10), cujas penas, somadas, podem chegar a 34 (trinta e quatro) anos de prisão.
O título da Operação Disfarce foi escolhido por alusão ao uso de “laranjas” pela quadrilha, que procediam em agências bancárias a renovação de senhas dos cartões magnéticos de benefícios previdenciários mediante o uso de documentos de identificação falsificados com os nomes dos respectivos beneficiários falecidos.
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