Sarampo: baixa cobertura vacinal preocupa autoridades de saúde; saiba como se prevenir e sintomas da

14/04/2022 08h51


Fonte G1 PI

Imagem: DivulgaçãoSarampo: baixa cobertura vacinal preocupa autoridades de saúde(Imagem:Divulgação)Sarampo: baixa cobertura vacinal preocupa autoridades de saúde

O sarampo voltou a preocupar autoridades de saúde do Brasil. No Piauí, os últimos casos foram registrados em 2019, sem histórico de novas contaminações. Contudo, após registros de casos suspeitos em São Paulo, a Vigilância Sanitária de Teresina reforçou o alerta para a vacina, a principal forma de prevenção contra a doença.

De acordo com a médica Amariles Borba, diretora de Vigilância em Saúde da Fundação Municipal da Saúde (FMS), a doença é altamente contagiosa, mas pode ser evitada com a vacinação.

Em 2016, o país chegou a receber o certificado de erradicação da doença, porém o Brasil viveu um novo surto de sarampo em 2019.

"Sabemos que a transmissão da doença é por via respiratória que nem a Covid. O sarampo tem o potencial de contaminação 15 vezes maior que o coronavírus. A pessoa infectada pode deixar o ar contaminado durante duas horas, mesmo não estando mais no local. Portanto só tem uma salvação, chama-se vacina", explicou a médica.
Ainda de acordo com Amariles, é fundamental cumprir o calendário de vacinação contra o sarampo. O esquema vacinal vigente prevê duas doses da vacina: uma dose da tríplice viral ou SCR (que protege contra sarampo, caxumba e rubéola) aos 12 meses de idade e uma dose da tetra viral ou SCRV (contra sarampo, caxumba, rubéola e varicela) aos 15 meses de idade.

A cobertura vacinal em Teresina está em 40%. Em 2021, o ano terminou com uma cobertura abaixo de 70%.

A FMS orienta que a pessoa com esquema vacinal incompleto pode procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima e aguardar orientação e marcação para aplicação da dose. É fundamenta a atualização periódica da caderneta de vacinação e que as pessoas fiquem atentas ao calendário de vacinas de sua região.

Contágio do sarampo

Atualmente, quando um individuo é suspeito de estar com a doença, segundo a FMS, são colhidas duas amostras de sangue em um intervalo de 15 minutos para a comprovação da doença. Depois são monitoradas as pessoas que tiveram contato com o enfermo.

Não existe tratamento ou remédio que mate o vírus já instalado no corpo humano. Conforme a médica Amariles, é feito apenas um suporte de vida.

"A prevenção é a vacina e o tratamento a gente só da suporte de vida. Acompanhamos o caso e recomendamos a hidratação e uso de antibióticos, se for preciso, é realmente só suporte de vida", explicou.

Segundo a médica, a doença grave consome o corpo humano. A pessoa infectada perde peso e massa muscular. Pode causar sérias complicações, como pneumonia causada pela família da bactéria estafilococos, risco de derrame pleural (limitando a capacidade respiratória), provoca também otite (infecções e inflamações do ouvido levando até a uma deficiência auditiva).

Sintomas

Segundo a Vigilância Sanitária da FMS, um dos principais sintomas do sarampo é a febre alta e persistente e as exantemas, erupções avermelhadas na pele.

"Depois de 72 horas ou seja três dias de febre aparece na região da bochecha do lado interno perto do pré-molar uns pontinhos amarelos. A febre continua por alguns dias. Ela continua, começa a aparecer as manchas vermelha pelo rosto, vai se espalhando e descendo pelo corpo. Quando chega na parte dos pés, as manchas vermelhas do rosto começam a secar", disse Amariles.

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Tópicos: corpo, sarampo, vacina??o