Peritos investigam possível curto-circuito em ar-condicionado

08/02/2019 13h20


Fonte G1

Imagem: DivulgaçãoClique para ampliarPeritos investigam possível curto-circuito em ar-condicionado.(Imagem:Divulgação)

Peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli, que estão no alojamento do Centro de Treinamento do Flamengo que pegou fogo no fim da madrugada desta sexta-feira (8), dizem que foi identificado um curto-circuito no ar-condicionado, segundo informações do comentarista de segurança do RJ1, Fernando Veloso.

A perícia ainda está em andamento e não há uma avaliação final das causas da tragédia. Ao todo, 10 pessoas morreram e outros três atletas ficaram feridos, um deles em estado grave.

Samuel, um dos atletas do Flamengo que sobreviveram, disse que havia muito fogo no local onde as vítimas estavam.

"A maioria não conseguiu porque a quantidade de fogo era muita. E aconteceu que o ar condicionado pegou fogo, daí foi gerando um curto-circuito em todos os ares-condicionados. Foi pegando em tudo. E foi muito rápido. Não deu pra conseguir chamar quase ninguém",
contou Samuel.

Segundo a assessoria do Corpo de Bombeiros o CT, conhecido como Ninho do Urubu, ainda não possuía documentação definitiva dos bombeiros. De acordo com a assessoria de comunicação da corporação, o local está em processo de regularização de documentos junto ao órgão, o que significa que ainda não possui o Certificado de Aprovação (CA).

O certificado de aprovação atesta a existência e o funcionamento dos dispositivos contra incêndio previstos pela legislação vigente. A documentação não tem relação com o alvará de funcionamento (estabelecimentos comerciais) ou habite-se (imóveis residenciais), documentos que são emitidos pela prefeitura.

Em nota, o Corpo de Bombeiros informou que "a não existência do CA não significa, por si só, que o local não possuía os dispositivos, e sim que não era aprovado pelo Cbmerj".

Uma força-tarefa foi montada no Instituto Médico Legal (IML) do Rio para a identificação dos corpos, já que todos estão carbonizados.

As chamas atingiram as instalações onde dormiam jogadores entre 14 e 17 anos, a maioria que não residia no Rio. Os bombeiros chegaram a dizer que todos eram adolescentes, mas não há informações oficiais.

Às 9h50, a polícia chegou ao Ninho do Urubu para fazer a perícia. Um inquérito foi instaurado na 42ª DP (Recreio dos Bandeirantes) para apurar as causas do desastre.

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