Grávidas e puérperas que receberam dose da AstraZeneca devem tomar vacina da Pfizer na 2ª aplicação

13/08/2021 14h08


Fonte G1 PI

Imagem: DivulgaçãoGrávidas e puérperas que receberam dose da AstraZeneca devem tomar vacina da Pfizer na 2ª aplicação no Piauí(Imagem:Divulgação)Grávidas e puérperas que receberam dose da AstraZeneca devem tomar vacina da Pfizer na 2ª aplicação no Piauí

A Secretaria Estadual de Saúde do Piauí (Sesapi) anunciou que vai adotar a estratégia de imunizar pessoas grávidas e pessoas que estão no puerpério (período pós parto) - que receberam a primeira dose da vacina Astrazeneca - com vacinas Pfizer ou Coronavac na segunda dose.

A estratégia foi autorizada pelo Ministério da Saúde no final de julho. A medida é uma precaução tomada pelo Ministério por conta da morte de uma gestante em maio. O caso, considerado raro, levou a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a recomendar a suspensão do uso da vacina AstraZeneca contra Covid-19 em grávidas.

Segundo a Sesapi, em Teresina, as pessoas devem procurar os postos de saúde e solicitar a intercambialidade de sua segunda dose. A FMS recomenda que essas mulheres conversem com seus médicos antes de tomarem os seus imunizantes neste esquema.

Ainda segundo a Sesapi, a segunda dose deverá ser administrada no intervalo previamente marcado, respeitando o intervalo adotado para o imunizante utilizado na primeira dose.

“A gestante e a puérpera estão em um grupo que tem mais risco de ter formas graves da Covid-19, por isso, a Câmara Técnica do Ministério da Saúde aprovou essa intercambialidade de vacinas exclusivamente para esse público. É importante deixar isso muito claro”, disse o superintendente de Atenção à Saúde e Municípios da Sesapi, Herlon Guimarães.

Evento raro

A mudança na vacinação ocorreu após um evento raro, mas que causou a morte de uma gestante vacinada em 10 de maio. O caso levou a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a recomendar a suspensão do uso da vacina AstraZeneca contra Covid-19 em grávidas.

Apesar da recomendação e das mudanças na vacinação, a Anvisa esclareceu:
  • "Caso de trombose com plaquetopenia é um evento adverso muito raro, potencialmente relacionado a vacinas que usam adenovírus como plataforma tais como as vacinas de Oxford/Astrazeneca/Fiocruz e da Janssen, aprovadas para uso no Brasil"
  • "A bula da vacina Oxford/Astrazeneca/Fiocruz é Categoria C, isto é, os dados apresentados até o momento são insuficientes para fundamentar um risco associado com a vacina. Sendo assim, como medida de precaução, a vacinação de gestante não é recomendada"
  • "A Anvisa mantém a recomendação de continuidade da vacinação com o referido imunizante dentro das indicações descritas em bula, uma vez que, até o momento, os benefícios superam os riscos."
A bula da AstraZeneca diz que o imunizante "não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica":

"Informe o seu profissional de saúde se você estiver grávida, amamentando, pensando engravidar ou planejando ter um bebê. Há dados limitados sobre o uso da vacina Covid-19 (recombinante) em mulheres grávidas ou que estejam amamentando. Seu profissional de saúde discutirá com você se você pode receber a vacina".