Entenda o termo "renda mínima garantida" nos fundos de investimento

17/04/2019 08h27


Fonte Gear SEO

Para decidir qual é o melhor investimento, vários fatores devem ser considerados: perfil, orçamento disponível, liquidez, rentabilidade, prazo… dependendo do investidor e do que se espera com determinada aplicação financeira, é bastante comum que um desses pontos se sobressaia.

Além disso, conhecer e comparar as opções disponíveis no mercado também permite que um ou outro produto financeiro pareça mais interessante. Afinal, o processo de tomada de decisão é fundamental para que o retorno do investimento seja vantajoso.

No geral, existem algumas aplicações que são destinadas a momentos e perfis específicos, e há aquelas que podem ser adquiridas em diversas ocasiões, como os fundos de investimentos. Na prática, são como condomínios com diversos investidores que aplicam no mercado com o auxílio de um gestor.

Imagem: Gear SEOEntenda o termo

Assim, com o apoio de um profissional e unindo patrimônios, os cotistas - como são chamados - possuem mais oportunidades de investimentos e melhores retornos. Claro, dentro da classe dos fundos, no entanto, é preciso avaliar qual das opções disponíveis são mais indicadas para cada investidor.

Isso porque, no fundos, existe uma infinidade de produtos financeiros com características muito particulares. Fundos de renda fixa, por exemplo, são mais indicados para perfis conservadores; fundos de ações, já são mais interessantes para perfis agressivos.

Além deles, há também os fundos de investimentos imobiliários, que nada mais são do que aplicações no setor imobiliário. Indicadas para investidores com um pouco mais de experiência, mas de diferentes perfis, os FIIs possuem também particularidades que exigem um pouco mais de atenção.

Como funcionam os FIIs?

Ainda que pareça óbvio que os FIIs sejam investimentos no setor imobiliário, na realidade, eles são papéis que podem representar uma parte do imóvel físico, ou seja, hotéis, empreendimentos, ou shoppings, mas também podem ser um empréstimo para o setor, como ocorre com as LCIs e os CRIs.

No primeiro caso, conhecido como “fundos de tijolo”, o cotista recebe o retorno do investimento a partir da renda obtida com a venda ou aluguel desses empreendimentos. No segundo caso, a rentabilidade ocorre por meio dos juros do empréstimo, pagos na devolução do valor investido.

De todo modo, a segurança dos fundos imobiliários é relativamente alta, justamente por contar com a administração de um gestor profissional e ter a cobertura do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que faz o ressarcimento da aplicação em caso de falência da instituição.

Qual é a relação da renda mínima garantida com os FIIs?

Antes de explicar a ligação entre ambas as partes, é fundamental entender o significado da renda mínima garantida para os investimentos. Trata-se de um valor pago aos investidores enquanto não há rentabilidade. É pago ao cotista, normalmente, em uma fase pré-operacional, por um determinado período de tempo.

Nesse sentido, a RMG é uma forma de deixar o investimento mais atrativo até que se tenha rentabilidade. Isso porque, especialmente para fundos de tijolo, não se tem renda até que determinado empreendimento esteja 100% pronto. Por isso, é também uma forma de investidores com objetivos a curto prazo se interessarem por fundos.

O funcionamento é simples: os fundos cobram valores mais altos em cada cota e utilizam esse montante a mais como rendimento mensal para os investidores. Então, para quem tem dúvida de onde a RMG vem, uma das respostas é do próprio bolso dos cotistas. Na prática, paga-se a mais para adquirir uma porcentagem do fundo, mas é tudo devolvido mensalmente.

Outro modo, menos comum, é que haja um acordo entre a construtora ou alguma empresa de financiamento para garantir o pagamento por esse período. Mas é importante salientar que essa prática não é a mais frequente.

FIIs com renda mínima garantida valem a pena?

Assim como em outros investimentos, tudo depende. Cada aplicação, bem como suas vantagens e desvantagens, tem impactos diferentes para investidores distintos. Claro, a RMG não é algo explicitado nas características dos fundos, então é papel do futuro cotista observar caso o produto financeiro pague um mesmo valor durante 1 ou 2 anos.

Apenas a renda mínima não deve ser motivo para optar ou não por um determinado fundo. Afinal, ainda que se tenha um rendimento garantido mensalmente, é importante lembrar-se de que ele vem da própria compra da cota.

Outro ponto que também vale a pena ponderar é que o preço das cotas tende a diminuir no fim do contrato, e isso impacta no valor retornado. O valor da renda mínima garantida pode acabar confundindo investidores menos experientes, por isso é importante pesquisar a fundo e conhecer melhor o funcionamento do FII que se pretende adquirir.

Para investidores que visam o curto prazo, no entanto, pode ser uma boa sacada utilizar a RMG para se ter rendimentos garantidos durante um determinado período de tempo. Mas é importante também ter o timing para vender uma cota que está em alta e, assim, evitar perder dinheiro.


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