Internos iniciaram rebelião por não aceitar restrições de visitas na Vereda Grande

21/09/2017 17h00

Da redação do FlorianoNews redacao@florianonews.com


A rebelião ocorrida na manhã desta quinta-feira (21) na Penitenciária Gonçalo de Castro Lima, na localidade Vereda Grande, zona rural de Floriano, aconteceu segundo o diretor da unidade, o cabo João Luís Ferreira, porque não os internos aceitaram as restrições de visitas devido à greve dos agentes penitenciários do Piauí.

O diretor destacou que muitas celas foram depredadas. Em um dos vídeos gravados no local é possível ver diversos presos atirando pedras contra o prédio e os agentes.

“Esse motim começou por volta das 10 horas. Na confusão alguns presos ficaram feridos. Um policial militar se feriu no braço, mas graças a Deus ele está bem. Os feridos começaram a quebradeira porque os agentes não permitiram a entraram de item na visita, umas sacolas. Posso dizer que se não tivesse a greve, esse item entraria e não teríamos essa confusão”
, disse João Luís.

Forças de segurança atuam para encerrar motim

De acordo com o diretor, os presos recebem visitas nas sextas, sábados e domingo. O local está superlotado, pois tem limite para receber 200 presos, mas hoje contam com aproximadamente 380.

O motim ocorreu nas alas A e B; apenas o C não foi depredado. “A situação está mais controlada agora, vamos fazer a contagem dos presos e os cálculos do prejuízo”, destacou o cabo.

Na manhã desta quinta, o governador Wellington Dias (PT) descartou aumento de salário para os agentes penitenciários, que estão em greve desde 11 de setembro.

Em entrevista ao PI TV 1ª edição, o governador informou que precisa conseguir dinheiro para pagar os servidores e fez um apelo para que os servidores voltem ao trabalho.

“Aumentos e melhorias é aumento de despesa em um momento em que eu estou tirando coisas do povo que é quem paga conta que é para poder não atrasar salário. Não é correto neste instante uma categoria que já teve aumento este ano, que já teve promoção, aumento nas despesas querer impor pela greve um novo reajuste”,
disse Wellington Dias.

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