Floriano: Absolvição de acusado de assassinar Erick Curinga gera polêmica após veredito do júri

31/08/2023 11h25

No desfecho de um caso que mobilizou a atenção da opinião pública, Handerson Angel Rocha Silva foi absolvido pelo Tribunal Popular do Júri no final da tarde de terça-feira (29). O réu estava sendo acusado do assassinato de Erick Anderson Pereira da Silva, mais conhecido como Erick Curinga. A decisão, no entanto, deixou familiares da vítima em lágrimas e com um sentimento profundo de revolta.

O júri, em sua maioria, reconheceu a materialidade do crime, aceitando que o homicídio de Erick Curinga ocorreu de fato. Entretanto, a autoria atribuída a Handerson Angel Rocha Silva foi negada, assim como outros quesitos relacionados ao caso. O veredito final surpreendeu muitos observadores, uma vez que embora o crime tenha sido considerado como ocorrido, o réu foi considerado inocente.

A decisão de absolver Handerson Angel Rocha Silva foi proferida pelo Juiz de Direito Dr. Franco Morette Felício de Azevedo, que se baseou no artigo 4922 do Código de Processo Penal. O juiz, amparado na deliberação do júri, declarou:

"Diante do exposto, nos termos do artigo 4922 do Código de Processo Penal e amparado na grande decisão dos senhores jurados, formadores do egrégio conselho de sentença, absolvo o acusado Handerson Angel Rocha da Silva da acusação que lhe fora feita na denúncia, ante a absolvição ora perpetrada, revogo o decreto prisional, devendo o acusado ser posto imediatamente em liberdade."

A reação dos familiares da vítima não se fez esperar. Chorando, eles manifestaram sua desaprovação em relação ao veredito, expressando profunda tristeza e um forte sentimento de injustiça diante da decisão do júri.

Por outro lado, o advogado de defesa de Handerson Angel Rocha Silva, o Dr. Dimas, defendeu que os jurados agiram de acordo com a justiça ao absolver o réu.

"Eu mesmo, como advogado de defesa, eu não gosto de negativa de autoria. É uma coisa muito difícil, mas nesse caso não existia uma prova sequer contra o acusado. A única prova que o Ministério Público se agarrou nesse caso era que teve uma briga, quatro anos atrás, e nesse dia esse rapaz foi na academia, próximo ao lugar do homicídio, não tinha outra prova."



*Com informações do Jc24Horas