Canoa vira e dois ficam desaparecidos no Rio Parnaíba

14/05/2012 08h53

Uma canoa virou por volta de 17h na tarde deste domingo (13), no Rio Parnaíba, em Floriano. De acordo com informações, quatro pessoas vinham na embarcação em uma travessia do município de Barão de Grajaú (MA) para Floriano (PI), onde um homem, uma mulher e duas crianças ficaram deriva. Duas das vítimas desapareceram: o homem identificado como Antonio Celestino, 45 anos, e uma criança identificada como Tiago, de 10 anos.


Segundo informações da Sra. Raimunda Pereira da Silva, uma das vítimas que sobreviveu ao acidente, os tripulantes estavam fazendo um piquenique em comemoração ao Dia das Mães e na volta ocorreu o acidente. D. Raimunda conseguiu se salvar juntamente com uma criança de 11 anos, e ainda ficou por volta de 10 minutos boiando nas águas do Rio Parnaíba, pois as crianças estavam em estado de pânico. A mesma conseguiu nadar até a margem de Barão de Grajaú com o sobrinho nas costas, acompanhando o esposo Antônio Celestino, e a outra criança de 10 anos. Como não dava pra acompanhar as outras duas vítimas, D.Raimunda saiu em busca de socorro, e pediu ajuda a alguns banhistas, que negaram o socorro.

"Eu e o Cleiton saímos correndo pedindo socorro. Pedimos ajuda a um pessoal que estava num carro, mas disseram que não iam. Fomos até o Posto Fiscal de Barão de Grajaú, chegando lá pedi ajuda, mas disseram que não iam ajudar por sermos de Floriano, ou seja, de outro estado. Ligamos para a Polícia de Floriano, e logo após viemos para o cais atrás do pai das crianças que já tinha ido também em busca de socorro. O Corpo de Bombeiros falou que não ia realizar as buscas na noite deste domingo por falta de segurança das equipes, e que não podia por a integridade deles em risco, e somente na manhã desta segunda-feira que iriam recomeçar as buscas", declarou a sobrevivente.


"A gente tá aqui desesperada porque é uma criança de 10 anos e meu marido tem 45 anos, graças a Deus eu consegui salvar essa aqui, mas os outros dois estão aí perdidos, eu não sei se estão vivos ou mortos, estão todos desesperados. A gente deixa bem claro, não estávamos bebendo bebida alcoólica, porque pode ser que as pessoas achem que isso aconteceu por causa de cachaça e não foi, ninguém estava bebendo era um piquenique" - ressaltou D. Raimunda.

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