Renê explica festa no vestiário do Fluminense e gritos de "oitenta": "Brincadeira para descontrair"
05/07/2025 22h21Fonte ge
A classificação do Fluminense à semifinal da Copa do Mundo de Clubes teve uma cena curiosa. Após a vitória por 2 a 1 sobre o Al-Hilal, jogadores entoaram um grito de "oitenta" no vestiário diante do presidente Mário Bittencourt. Mas o que significa o grito, afinal? Neste sábado, Renê explicou que se tratava de uma brincadeira com valores de premiação ao elenco.— Ah, a gente estava brincando com o presidente. A gente viu o vídeo do Al-Hilal, com os caras comemorando a premiação do sheik. A gente estava brincando, falando "chegou o sheik". Os caras falando em 80 (valor da premiação), os caras pedindo a premiação, mas é mais uma brincadeira quando o presidente está ali. Ele falou que não era o sheik, brincou, "vamos ver o que é que dá pra fazer". Mas foi mais brincadeira ali pra descontrair. A gente estava na alegria imensa ali, o presidente estava muito feliz. Só para descontrair o momento — explicou.
Um dos desfalques do Fluminense para o duelo contra o Al-Hilal na Copa do Mundo de Clubes, Renê detalhou a angústia por não ter participado da vitória nesta sexta-feira. O lateral cumpriu suspensão pelo segundo amarelo e teve que assistir ao triunfo das arquibancadas.
Imagem: Álvaro Sant"Anna
Renê em treino do Fluminense em Orlando.

— Angustiante. No finalzinho de jogo, você querendo que acabe e o juiz dá mais um minuto. É uma sensação ruim, porque no banco você ainda pode entrar e ajudar, gritar, dar uma orientação. Lá de cima, não consegue fazer nada, você está de mãos atadas. Só pedir para que dê tudo certo e ficar na torcida. É o que dá para fazer, sentimento do torcedor é esse. Passei por isso agora, junto com a paixão, a vontade de ajudar. Sensação ruim. Espero que não precise mais passar por isso (risos).
O lateral também falou sobre o sentimento no grupo após a classificação à semifinal da Copa do Mundo de Clubes. De olho no jogo contra o Chelsea, assim como uma possível vaga na final, Renê reforçou que os rivais são favoritos - mas que entrar na posição de desafiante tem funcionado no Tricolor.
— Às vezes, a gente está no ônibus ou no jantar, olha (em volta) e fala: "Tem noção que é uma semifinal do Mundial?" A sensação é essa, de estar vivendo um sonho. Quando o sonho se realiza, você pensa "será que é verdade mesmo?" A gente está mais ou menos com esse sentimento, alegria irradiando por onde passamos. E já estamos classificados, os outros times ainda vão brigar pela vaga. Agora já passou o Chelsea, faltam duas vagas, mas a sensação às vezes é de lembrar (da classificação) para ver se é verdade mesmo — disse Renê, acrescentando:
— Sabíamos que juntos, dando o nosso melhor, podíamos chegar. Lógico que no papel, e para muitos fora (do clube), era impossível. Mas quem trabalha no nosso dia a dia sabe que a gente sempre acreditou. Os adversários são favoritos contra a gente, mas tem dado certo assim. Que o favoritismo fique sempre do lado de lá, e a vitória do lado de cá.
O Fluminense volta a campo na próxima terça-feira, às 16h, no MetLife Stadium. O Tricolor vai enfrentar o Chelsea na semifinal da Copa do Mundo de Clubes.
Outros tópicos da entrevista de Renê:
Ala ou terceiro zagueiro?
— Eu já joguei um pouco assim. Eu jogava um pouco mais recuado na linha de três. Então vamos ver o que o Renato vai fazer, mas estou pronto. Eu vou fazer o meu melhor, na melhor posição que ele preferir, mas ainda não começamos a falar disso. Não teve ainda aquele papo de esquema, de estratégia. Estamos preparados para tudo, estamos aqui para ajudar, se for na ala, se for de terceiro zagueiro ali, a gente vai estar aqui para dar o nosso melhor. Vamos esperar o que é que o Renato tem aí para nos ajudar nessa estratégia para fazer o jogo.
Chances de ir à final da Copa:
— Como o Renato fala, no campo são 11 contra 11. A gente sabe da qualidade do adversário, do nível que eles jogam. Mas se cada um correr, se cada um fizer a sua parte um pouquinho a mais, a gente consegue neutralizar eles e conseguimos fazer o nosso jogo. Um correndo pelo outro, correndo um pouco mais do que precisa, porque a gente sabe que se corrermos igual eles, provavelmente vamos perder. Mas a gente correndo um pouquinho a mais, juntos, tanto para defender como para atacar, a gente tem sim chances de passar para a final. Quem sabe ser campeão, que aí seria a realização do sonho de todos, da torcida, da direção, do presidente, dos jogadores. Acho que até do povo brasileiro com a gente nessa torcida. Então é continuar trabalhando com os pés no chão, porque a gente sabe que chegamos até aqui dando nosso melhor. Não foi nada fácil, é continuar desse jeito porque a semifinal também não vai ser nada fácil. Que a gente possa vencer e, se Deus quiser, ir para a final, que é um sonho de todo mundo.
Motivação do grupo:
— Motivação é viver o momento. Acredito que estamos vivendo um sonho, e é aproveitar. O Thiago fala sempre para desfrutarmos, vivermos o hoje e não pensar na final ou em ser campeão, mas jogo a jogo. Quem sempre quis ser jogador sonhou com momentos assim. Claro que tem a responsabilidade, mas botar aquele (desejo) de criança para fora de jogar futebol. Aproveitar o momento. Chegamos até aqui, agora é só pensar na semifinal. Passando, aí sim a gente pensa na final.
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