Jogo com o Palmeiras definirá real impacto do tropeço do Botafogo diante do Cuiabá

30/10/2023 10h20


Fonte O Globo

Imagem: Vitor Silva/BotafogoTiquinho disputa bola pelo alto com Empereur.(Imagem:Vitor Silva/Botafogo)Tiquinho disputa bola pelo alto com Empereur.

A 30ª rodada ofereceu boa oportunidade para o Botafogo se tranquilizar na liderança, no domingo, quando recebeu o Cuiabá. O Palmeiras e o Grêmio venceram, mas Bragantino e Flamengo, que poderiam se aproximar, tiveram seu jogo adiado por indefinição sobre o Maracanã. Se vencesse em casa, o Glorioso voltaria para nove pontos de distância em relação ao alviverde, vice-líder, contando ainda com um jogo a menos, da rodada passada contra o Fortaleza. Mas o tropeço diante dos mato-grossenses, que fizeram boa exibição dentro de sua proposta, desmanchou esse cenário.

Apesar de sofrer uma raríssima derrota no Nilton Santos neste Brasileiro — foi apenas a segunda, e sexta no campeonato em geral —, a equipe fez bom jogo. Já pressionava muito o Cuiabá antes de sofrer o gol de Pitta, em saída infeliz do goleiro Lucas Perri, que levou a pior em dividida. Entre reclamações de toque de mão, o camisa 9 do Cuiabá alegou que a bola tocou em sua barriga após o chute do arqueiro alvinegro.

Depois de sofrer o gol, o alvinegro não diminuiu o ritmo. O técnico Lucio Flavio lançou Segovinha no lugar de Luis Henrique, atendendo aos anseios de parte da torcida no Nilton Santos, que criticava o camisa 11, substituto de Victor Sá. Quem vivia ótima noite era Júnior Santos, que partia para cima da defesa do Dourado e dava trabalho a Rikelme em praticamente todas as oportunidades que tinha. Chutou para o gol, acionou companheiros e terminou a partida com quatro finalizações e cinco passes-chave, segundo o site Sofascore.

O próprio Segovinha também ajudou a dar dinâmica e criatividade ao time pela direita, mas as bolas que iam em direção à área, vindo das pontas ou por dentro, paravam numa defesa bem postada e concentrada do Cuiabá, com Empereur e Marllon. Eduardo, no primeiro tempo, e Tiquinho, no segundo, tiveram as principais chances da partida, mas foram impedidos em grande atuação do goleiro Walter. Só Cuesta o venceu, mas o VAR viu toque de mão na jogada, pouco antes do intevalo.

As 32 finalizações (contra 6 do Cuiabá) e os 67% de posse de bola do alvinegro mostram o nível de "ataque contra defesa" que foi a partida, com sucesso da estratégia da equipe do Mato Grosso, que veio para explorar os espaços nos contra-ataques, como encontrou no gol. Um cenário e tipo de jogo naturais do Campeonato Brasileiro, e um tropeço aceitável para o Botafogo. Não fosse o timing.

Isso porque, já nesta quarta, o time recebe justamente o vice-líder Palmeiras, que encurtou a distância para seis pontos e tem grande oportunidade no confronto direto. O mesmo vale para o alvinegro, que pode reconstruir a vantagem e ainda conta com o jogo adiado. Ainda sob a chuva que caiu forte após o apito final na noite de domingo, o torcedor botafoguense digeria a frustração da pouco comum derrota em casa. Mas o real impacto dela, se pedra no caminho ou possível início de um drama, só será conhecido no jogo de quarta-feira.

— Ao mesmo tempo que (a diferença) pode diminuir, pode aumentar. Nós vamos jogar e temos condições e capacidade para isso. O mais importante é atentar para o que tem sido feito. Foi mencionada a campanha dentro de casa, isso é mérito da competência dos atletas. O segundo turno tem muito disso, essa dificuldade, porque cada um briga por um objetivo. O que nos resta é manter o foco, o trabalho, motivar os atletas. Acredito que a resposta eles vão dar no jogo contra o Palmeiras — afirmou Lucio Flavio após a partida. 

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