Início frustrante, conversa no vestiário e reabilitação: lateral revela bastidores do ouro olímpico

12/04/2020 08h41


Fonte Globo esporte

Imagem: ReproduçãoJogos de Campanha(Imagem:Reprodução)
 
O Brasil conquistou a medalha de ouro pela primeira vez em uma Olimpíada, no Rio de Janeiro, em 2016. O lateral-esquerdo Douglas Santos - titular em todos os jogos da campanha - relembrou àquela conquista e revelou após quase quatro anos alguns detalhes da conquista inédita.

Nos dois primeiros jogos da competição, a seleção olímpica empatou contra África do Sul e Iraque, respectivamente, em 0 a 0. O Brasil chegou pressionado para a última partida da primeira fase precisando vencer a Dinamarca. Deu certo. Ganhou por 4 a 0 e avançou como líder do grupo.

- Nós estávamos muito confiante nesse ouro olímpico, apesar de um começo que não agradou a todos e até a nós mesmos. Mas sabíamos da nossa capacidade e o foco que tínhamos naquele momento. Pelo começo ter sido um pouco frustrante, isso nos deixou ainda mais forte como grupo e foi por isso que conquistamos a medalha de ouro - relembrou Douglas Santos.

O paraibano conta que o vestiário foi determinante para virar a página. Ele revela quem eram os líderes daquele grupo e as palavras utilizadas na roda de conversa entre os jogadores em busca de motivar os jogadores antes de entrar em campo.

- A união foi o fator principal. Isso fez com que o nosso sonho se tornasse a cada jogo real. A gente sabia que cada um iria dar a vida pelo outro. Neymar, como capitão, sempre falava, mas tinha outros também: Renato Augusto, Rodrigo Caio e Marquinhos. Falavam em acreditar no nosso potencial e que cada um que ali estava tinha condições de conquistar o ouro. Era lutar por cada jogada até o final que o nosso objetivo seria alcançado - revelou.

Quando o Brasil chegou nas quartas de final e venceu a Colômbia, por 2 a 0, Douglas Santos começou a perceber que o ouro na Olimpíada não iria escapar. Na fase seguinte eliminou Honduras depois de ganhar por 6 a 0 e chegou na decisão para enfrentar a Alemanha.

- Foi um jogo muito difícil (nas quartas de final) e a gente ficou mais confiante para o decorrer da competição. A final também foi um jogo que a nossa concentração estava tão alta que muitos não se cansaram, pois o desejo e a vontade de vencer a partida era tanta que foi visível até nas cobranças de pênaltis. Todos que bateram estavam convictos onde iriam bater e com confiança de que iriam converter os pênaltis.


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