Botafogo resgata aura vencedora em luta por vaga e se recoloca nos trilhos em jogo de "tudo ou nada"

28/05/2025 10h01

Fonte ge

Pode respirar, botafoguense. O Botafogo fez o jogo da vida e alcançou a vaga para as oitavas de final da Libertadores. O Alvinegro venceu a Universidad de Chile por 1 a 0, na noite da última terça-feira, pela última rodada da fase de grupos e avançou de fase, em noite que a sinergia entre time e torcida fez a diferença no Nilton Santos.

O roteiro da "final" - como o duelo foi tratado - teve boas e más notícias. A parte positiva foi os retornos do zagueiro Barboza, do meia Savarino e do atacante Artur quase 100% recuperados de lesão. O "quase" é porque nenhum deles estava em plenas condições de jogar, mas a volta foi antecipada em função do caráter decisivo do duelo.

E todos eles mostraram que fazem muita falta quando estão fora de combate, e que, talvez, o Botafogo só é o time que se espera quando tem todos à disposição.

Barboza, mesmo no sacrifício após tratamento de lesão no pé esquerdo, fez desarmes certeiros, exemplificando o quanto a presença de um jogador experiente nessa posição era crucial em um jogo desse tamanho.

Afinal, quem vencesse estava no mata-mata. E engana-se quem acha que a La U apenas se defendeu. Foram 13 finalizações dos chilenos contra 15 do Botafogo. Poblete, deu trabalho no lado do argentino, assim como Aránguiz, que surgiu como elemento surpresa e conseguiu duas finalizações, mas para fora.

E por falar em maturidade, o zagueiro Jair fez todo torcedor do Botafogo voltar para a final da Libertadores em 2024, ao lembrqr da expulsão de Gregore no primeiro minuto de jogo. O jovem defensor perdeu o controle da bola e, para recuperar, deu um carrinho infantil em Aránguiz. Resultado? Recebeu cartão vermelho, mas com 23 minutos da etapa inicial.

Tudo parecia se arruinar. E Gregore desceu para a zaga na única mudança de Paiva após o ocorrido. E aqui o Alvinegro se mostrou mais uma vez resiliente porque os chilenos jogavam e deixavam o Botafogo jogar. Atacavam com quatro - às vezes cinco - jogadores, mas a defesa alvinegra se sobressaia.

E foi assim, em um jogo aberto lá e cá, que os times se testavam em transições. E por falar nelas, Igor Jesus mostrou o porquê de diferentes times da Inglaterra estarem atrás dele.

Jogou livre, saiu da área para brigar pela bola, participou das construções e ainda levou a melhor quando esteve fincado entre a zaga adversária. E foi assim que o gol saiu. Mas é preciso dar mérito, também, a outros dois jogadores: Artur, que iniciou a jogada e tem se mostrado um jogador com muita qualidade no um contra um, e Savarino, que esbanja primor quando assunto é passe para gol.

O time ainda teve outras chances, outra até com gol de Artur, no segundo tempo, mas que foi anulado pela arbitragem, que identificou toque de mão de Igor Jesus na origem do lance.

Com o resultado que precisava no placar, time e torcida jogavam juntos. Os 36.342 torcedores no estádio cantavam nas arquibancadas e serviam de estímulo nítido aos jogadores. A cada bola tirada da defesa, a torcida respondia com cânticos e palmas.

E foi nesse embalo que o Botafogo suportou até o fim. Do "tudo ou nada", ficou com o que sonhava. Avançou às oitavas, ganhou tranquilidade, retomou a confiança e mostrou que é possível ter melhores atuações com o elenco todo à disposição. E por que não sonhar com algo ainda maior?

A verdade é que 2025 trouxe diferentes frustrações até agora, e uma eliminação precoce da competição sul-americana seria difícil de contornar. Mas é melhor lembrar do que dá esperança. O Botafogo garantiu a vaga com um a menos, com os jogadores entregando além do que poderiam, viu a a retomada da sinergia com a torcida, e se colocou de volta aos trilhos.

Agora aliviado, o Alvinegro enfrenta o Santos no próximo domingo, às 16h, naVila Belmiro, pelo Brasileirão.

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