Após atentado, clássico entre Grêmio e Internacional é adiado

27/02/2022 12h27


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 Imagem: Reprodução
Logo após o atentado, o presidente do Grêmio, Romildo Bolzan, argumentou que o time não entraria em campo pelos seguintes motivos:
Após o atentado ao ônibus que levava a delegação do Grêmio para o estádio Beira-Rio, o clássico contra Internacional, marcado inicialmente para este sábado, está oficialmente adiado para uma nova data, ainda não definida. A confirmação foi feita pela Federação Gaúcha de Futebol através de uma nota em suas redes sociais.

"A Federação Gaúcha de Futebol - FGF comunica que o Gre-Nal deste sábado (26) está adiado. Uma nova data será informada em breve, assim que finalizada a reunião com os clubes", informou a federação.

Quase cerca de uma hora após o início previsto para a partida, às 19h, torcedores do Internacional começaram a deixar o estádio Beira-Rio aos poucos.

O ônibus gremista foi surpreendido por torcedores rivais já próximo ao estádio Beira-Rio. Diversos objetos foram arremessados em direção ao veículo e uma pedra atingiu Mathías Villasanti, que ficou gravemente ferido. O jogador foi levado imediatamente para o hospital.

Segundo informou a assessoria do Grêmio, o atleta paraguaio está bem e sob cuidados no hospital. O jogador realizou todos os exames e teve um traumatismo craniano (TCE) e, em virtude do traumatismo, uma concussão cerebral. O atleta não teve fratura na cabeça e sofreu escoriações no rosto e trauma no quadril.

Logo após o atentado, o presidente do Grêmio, Romildo Bolzan, argumentou que o time não entraria em campo pelos seguintes motivos: "Não nos sentimos seguros, há um desequilíbrio técnico porque o jogador estava escalado para a partida". O dirigente também confirmou que, logo após a federação ser comunicada sobre a decisão do Grêmio, foi feito um boletim de ocorrência.

Alessandro Barcellos, presidente do Internacional, apoiou a decisão do rival de não atuar. "O Sport Club Internacional vem aqui manifestar com veemência a contrariedade a essa violência que tem acontecido com certa constância.

É lamentável que isso tenha acontecido. O Internacional vai contribuir de todas as formas para que sejam identificados aqueles que fizeram isso. O Internacional concorda com a não realização da partida", disse Alessandro.

"O Internacional se preocupa também com o desequilíbrio técnico do campeonato. Assim como tem hoje um desequilíbrio, por óbvio, com aquilo que aconteceu também gerará outros desequilíbrios e queremos tratar disso de uma forma muito serena e tranquila com a federação para que possamos garantir a continuidade do campeonato com equilíbrio técnico que ele merece.

Lamentamos e condenamos esse tipo de violência. Hoje é de um lado, amanhã pode ser de outro e temos que acabar com isso no futebol brasileiro", continuou o presidente do Internacional.

ONDA DE VIOLÊNCIA - Ao menos outros três casos de violência a jogadores de futebol aconteceram nesta semana. O triste episódio deste sábado acontece apenas dois dias depois de algo semelhante ter ocorrido com o ônibus do Bahia, que foi atingido por uma bomba antes de um duelo pela Copa do Nordeste, contra o Sampaio Corrêa. Machucado, o goleiro Danilo Fernandes foi levado por uma ambulância para um hospital de Salvador.

Também neste domingo, torcedores do Paraná invadiram o gramado da Vila Capanema para agredir os jogadores do clube após a confirmação do rebaixamento para a Série B do Campeonato Paranaense.

Na última sexta-feira, atletas e comissão técnica do Náutico foram confrontados por torcedores ao desembarcarem no Aeroporto Internacional Gilberto Freyre, em Recife. A van que transportava os jogadores foi depredada.


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