Após 12h de depoimentos, Boca Juniors é liberado pela Polícia e voltará à Argentina

21/07/2021 16h03


Fonte G1

Imagem: ReproduçãoSaída do Boca Juniors da delegacia.(Imagem:Reprodução)

Durou pouco mais de 12 horas os depoimentos à Polícia Civil de Minas Gerais de membros do Boca Juniors e do Atlético-MG sobre a briga generalizada no pós-partida pelas oitavas de final da Copa Libertadores, no Mineirão. Ninguém foi detido. O clube argentino teve de pagar fiança de R$ 3 mil para dois integrantes da delegação serem liberados. O Boca saiu direto da delegacia para o aeroporto. O zagueiro Lisandro López fez um gesto obsceno à reportagem da Globo.

Segundo a Polícia Civil de Minas Gerais, foram recebidas duas ocorrências na delegacia de plantão. Na primeira, os integrantes que pagaram fiança foram autuados em flagrante pelo crime de dano qualificado. Após o pagamento, eles foram liberados e responderão o processo em liberdade.

Na segunda ocorrência, outros quatro integrantes da delegação assinaram um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) pelos crimes de lesão corporal e desacato, assumindo o compromisso de comparecer em futura audiência no Juizado Especial Criminal.

Por causa da demora nos depoimentos, o Boca perdeu o voo de retorno a Argentina, previsto para a a madrugada desta quarta. Por isso, a delegação teve de passar mais um dia na capital mineira e voltará em um voo previsto para as 15h (de Brasília). A chegada na Argentina está prevista para 18h57.

De acordo com informações da Polícia Civil, sete integrantes da delegação do Boca foram identificados como protagonistas dos incidentes.

Foram fichados por lesão corporal: os atletas Marcos Rojo, Diego González, Carlos Zambrano e o dirigente Raul Cascini. Já Cristian Pavón, Sebástian Villa e Norberto Briasco foram identificados por dano ao patrimônio do Mineirão.

Os argentinos, junto com funcionários do Atlético-MG, prestaram depoimento. A delegação do Boca Juniors foi escoltada por viaturas da Polícia Militar, até a delegacia, por volta das 23h30 de terça-feira. Um representante do consulado argentino também acompanhou o procedimento.

Inicialmente, a Polícia Militar de Minas Gerais propôs que apenas os identificados na depredação fossem conduzidos à delegacia, com o restante do time sendo escoltado até o aeroporto. Entretanto, o técnico do Boca, Miguel Ángel Russo, disse que a delegação só deixaria o Brasil com todos os membros.

A briga

O tumulto começou logo após a vitória do Atlético-MG, nos pênaltis, sobre o Boca Juniors. Com o triunfo, o Galo passou às quartas de final da Libertadores. No caminho para o vestiário, jogadores do time argentino entraram em confronto com seguranças do clube mineiro e do estádio. Daí, uma briga generalizada começou nos acessos aos vestiários, também envolvendo dirigentes e jogadores dos dois clubes.

Por parte da delegação do Boca, foram lançadas grades de proteção e até um bebedouro em direção aos seguranças. O presidente do Atlético-MG, Sérgio Coelho, foi flagrado lançando garrafas de água contra jogadores do time argentino.

Para encerrar a confusão, a Polícia Militar utilizou spray de pimenta para dispersar jogadores e membros da comissão do Boca. Alguns atletas do time da Argentina foram flagrados se sentindo mal com a inalação do gás e voltando ao gramado do Mineirão para escapar dos efeitos.

A classificação foi decidida nos pênaltis, com vitória do Atlético-MG por 3 a 1, após empate sem gols no tempo normal. Na próxima fase da Copa Libertadores, o Galo aguarda o vencedor de Argentinos Juniors x River Plate, que se enfrentam em duelo argentino, nesta quarta-feira.

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