Ancelotti confirma Seleção com quatro atacantes contra o Chile e quer time intenso e equilibrado

03/09/2025 10h17


Fonte ge

Um time intenso, rápido para atacar, mas que não se descuida na defesa. É isso o que o técnico Carlo Ancelotti espera da seleção brasileira no duelo desta quinta-feira, contra o Chile, às 21h30 (de Brasília), no Maracanã. O jogo terá transmissão ao vivo da Globo, sportv e getv.

Em entrevista coletiva na manhã desta quarta, Ancelotti confirmou a manutenção do esquema com quatro atacantes, tal qual utilizado na partida contra o Paraguai, na última data Fifa. O Brasil deve ir a campo contra o Chile com uma linha ofensiva formada por Raphinha, Estêvão, João Pedro e Gabriel Martinelli.

– Saímos do jogo contra o Paraguai muito contentes, satisfeitos, penso que o time jogou muito bem, teve boa atitude, ofensiva, defensiva, intensidade. É o que queremos fazer no jogo de amanhã, jogar intenso, ser forte defensivamente, fazer uma boa pressão ofensiva, jogar rápido com bola. Acho que se pode repetir o jogo contra o Paraguai para que a torcida possa estar contente com nosso jogo – disse o italiano.

– Ontem (terça-feira) eu testei quatro atacantes no treino, é a ideia, jogar sem mudar muito o que foi no jogo contra o Paraguai. Vou colocar muitos atacantes, mas o importante é que o time não perca equilíbrio e defenda bem – completou.
Imagem: Bruno CassucciCarlo Ancelotti, técnico da seleção brasileira, em entrevista coletiva.(Imagem:Bruno Cassucci)Carlo Ancelotti, técnico da seleção brasileira, em entrevista coletiva.

No primeiro treino com o grupo completo, Ancelotti esboçou a Seleção com a seguinte escalação: Alisson, Wesley, Marquinhos, Gabriel Magalhães e Douglas Santos; Casemiro e Bruno Guimarães; Raphinha, Estêvão, João Pedro e Gabriel Martinelli.

Questionado sobre o posicionamento de João Pedro, Ancelotti explicou.

– Ele pode jogar como número 10 ou como centroavante. No jogo de amanhã vai jogar como centroavante. Atrás dele tenho que pensar quem colocar, pode ser Estêvão, pode ser Raphinha também.

O treinador também comentou as características e o posicionamento de Estêvão:

– Creio que o futebol moderno perdeu um pouco esse tipo de jogador, que joga por dentro, como meia. O futebol está com mais extremos, fortes, rápidos, esse tipo de jogador. O Estêvão tem muita qualidade e pode jogar também por dentro. Como estamos vendo nos treinos. Raphinha, Vinicius, Martinelli, também jogam muito bem por dentro. É o que pede o futebol moderno.

O Brasil enfrenta o Chile na quinta-feira, às 21h30 (de Brasília), no Maracanã, pela 17ª rodada das eliminatórias. Na próxima terça, dia 9, o adversário será a Bolívia, às 20h30 (de Brasília), nos 4.100m de altitude de El Alto. Com 25 pontos, a Seleção ocupa a terceira colocação da competição, atrás do Equador no saldo de gols. A Argentina, com 35, é líder e não pode mais ser alcançada.

Confira abaixo outros trechos da entrevista de Ancelotti:

Requisitos para ser convocado


– Creio que três coisas: qualidade, obviamente. Todos aqui tem qualidade para estar na Seleção. Disse outro dia que precisam estarem bem fisicamente e que joguem para equipe e não individualmente. Eu escalo jogadores que podem ter menos qualidade técnica, mas que são melhores coletivamente.

Lucas Paquetá

– Paquetá é um meio campista que tem característica que diferente de Casemiro e Bruno. É um meio-campista que por isso tipo de característica está muito bem no grupo. Pode jogar como "mediapunta" (meia), ou com três meio campistas. Pode ajudar em diferentes posições no campo. Quero dizer também que o sistema para amanhã. Essa equipe pode jogar em diferentes sistemas. Depende do tipo de jogo que queremos fazer. A ideia que temos é de seguir a mesma ideia do jogo contra o Paraguai. Contra a Bolívia pode mudar esse sistema.

Futebol brasileiro

– O que eu mais gostei no futebol brasileiro foi a paixão do torcedor nos estádios, o estádio sente. O futebol daqui é muito organizado, sobretudo, defensivamente. As equipes defendem bem. Obviamente, falta um pouco de qualidade porque os melhores jogadores estão na Europa. As equipes competem muito bem. No último Mundial, Fluminense, Botafogo, Flamengo e Palmeiras fizeram uma boa competição ao competir com clubes europeus. Temos que enfrentar o clima, que afeta a intensidade do jogo, e o calendário muito apertado para os times. Os times nem sempre chegam na sua melhor condição física.
Imagem: Bruno CassucciCarlo Ancelotti, técnico da seleção brasileira, em entrevista coletiva.(Imagem:Bruno Cassucci)Carlo Ancelotti, técnico da seleção brasileira, em entrevista coletiva.

Observações

– Creio que a nível técnico como disse outro dia, conhecemos eles. A nível técnico não temos problema. Obviamente, podemos mudar um pouco a equipe depois do jogo contra o Chile, para a partida contra a Bolívia. Os novos chegam para eu poder conhecer seu caráter, sua personalidade e seu aspecto pessoal.

– Estamos na reta final. Temos tempo para preparar nosso objetivo nesse período. Creio que é importante. Tenho ideia de um grupo bastante consolidado, fixo para a Copa do Mundo. Outros tenho que ver. Temos que aproveitar desse tempo para tentar não errar nos 25 jogadores que vão jogar a Copa do Mundo. Errar aqui é bastante fácil. Há muita concorrência, muitos jogadores com muita qualidade. Pode ser que temos posições mais cobertas que outras, mas creio que não é uma posição que vai definir o êxito da Copa do Mundo. É uma equipe que define o êxito da Copa do Mundo.

Estreia no Maracanã

– Para mim é uma nova experiência muito bonita a primeira vez no Maracanã, no templo do futebol mundial. Uma nova experiência que sempre terei nas minhas recordações. O jogo... eu espero o máximo, que a equipe jogue bem, que tome confiança, que tem uma boa atitude, intensidade no jogo. É o caminho que queremos correr até o Mundial.

Por que não Alex Sandro não teve substituto?

– Porque na convocação já estavam Douglas Santos e Caio Henrique, jogadores novos que queria conhecer. Então não precisávamos de outro lateral-esquerdo. Creio que todas as posições estavam bem cobertas. Não precisamos pensar em outro jogador. Também porque quando você treina, em número, para treinar bem são 20 + 3. Hoje somos 24 jogadores treinando. Um você tem que manejar a posição. A ideia é sempre ter 20 jogadores mais três goleiros.

Jejum da Seleção

– A verdade é que depois de 24 anos sem ganhar um Mundial, é hora de ganhar. Temos uma grande responsabilidade neste sentido. Estamos fazendo o melhor trabalho possível, a CBF está trabalhando para chegarmos na Copa do Mundo na melhor condição possível. Esse jejum aumenta a responsabilidade, mas aumenta a motivação. Creio que a motivação não só da CBF ou da comissão técnica, mas do país pode ser muito importante para o êxito.

Granja Comary

– O centro de treinamento é bom muto bem organizado. Os jogadores aproveitam da possibilidade que tem de ficar juntos no tempo que passam aqui. O ambiente da equipe nacional é diferente do que há dentro de um clube. Eles falam todos o mesmo idioma, têm a mesma cultura, então creio é muito mais fácil um bom ambiente em uma equipe nacional que em um clube. Aproveito para passar tempo com quem conheço menos, falar com eles para tentar conhecer um pouco mais as pessoas. Nesse sentido é um ambiente muito positivo, e estou muito contente com esse ambiente e todos. Nessa convocação, temos jogadores novos e estou contente com eles... trabalham bem, estão focados no trabalho. É um ambiente positivo. A ideia é ser capaz de ter esse ambiente até a Copa do Mundo.

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Tópicos: equipe, futebol, jogadores