Análise: Palmeiras acalma clima e não deixa lÃder escapar, mas ainda precisa jogar mais
11/08/2025 08h40Fonte ge
A vitória de virada por 2 a 1 sobre o Ceará serviu para acalmar um pouco o clima entre Palmeiras e torcida após a eliminação na Copa do Brasil e de quebra manteve o time na caça à liderança do Brasileirão. Mas o desempenho ainda precisa de ajustes.Depois de dias tensos, incluindo o ataque de vândalos à Academia de Futebol na madrugada anterior ao jogo, o Verdão voltou ao Allianz Parque com a mesma escalação da derrota de quarta-feira para o Corinthians.
O que se viu logo nos minutos iniciais foi algo que marcou o time no jogo: a disposição. Mas com um problema recorrente.
O Palmeiras começou o jogo com marcação agressiva, instalado no campo de ataque e sem dar chances de transições para o Ceará. Troca de passes, viradas de jogo... o time mostrava volume, mas só até se aproximar da área adversária.
Dali em diante, havia a velha dificuldade para transformar a presença no ataque em chances de gol.
Enquanto Aníbal Moreno fazia a saída com os zagueiros, Lucas Evangelista era o jogador com espaço para criar, e Mauricio se aproximava de Vitor Roque. Só que este modelo não conseguiu furar a defesa do Ceará na primeira etapa. Resultado: vaias na ida para o intervalo após o empate sem gols.
Já com a confiança abalada pela eliminação de quarta-feira, o time teve que passar por mais uma adversidade ao levar o gol do Ceará na primeira chance da equipe adversária no jogo.
Imagem: Marcos Ribolli
Vitor Roque comemora gol do Palmeiras com Mauricio e Flaco López.

A resposta de Abel Ferreira teve impacto na mudança do rumo do jogo, ao tirar Sosa e colocar Flaco López. O camisa 42 jogou próximo de Roque e deu a possibilidade de Mauricio buscar espaço mais atrás.
O centroavante argentino criou a jogada do pênalti, converteu para empatar o jogo e passou a incomodar a defesa do Ceará. O Palmeiras aproveitou o momento e chegou à virada dois minutos depois, com Vitor Roque, após lançamento de Flaco e assistência de Mauricio.
O camisa 9 foi o ponto positivo de uma exibição pouco inspirada da equipe. Marcou a saída de bola adversária, buscou jogo quando a equipe teve mais dificuldades e foi premiado com o segundo gol alviverde. Nitidamente há uma evolução do jogador.
A vitória mantém o time de Abel Ferreira com a segunda melhor campanha por aproveitamento e evitou um clima pesado no Allianz Parque.
Depois de um início de críticas antes de a bola rolar, abafadas pela maior parte do estádio, e vaias no intervalo, o Verdão deixou o gramado com festa.
O time lutou, correu muito e conseguiu virar, mas o desempenho ainda não foi bom. O Verdão terminou com só oito finalizações contra seis do Ceará, 52% de posse de bola e dúvidas sobre qual a equipe ideal no momento.
Mas é inegável que os acontecimentos recentes influenciaram em um time que já não vinha em seu melhor momento. E sem dúvidas é mais fácil passar por este período turbulento e encontrar soluções com vitórias como a desse domingo.
Imagem: Marcos Ribolli
Palmeiras x Ceará - Jogadores do Palmeiras comemoram com torcedores.
