Análise: erros individuais custam gordura na ponta, mas Palmeiras não tira só coisas ruins

20/10/2025 09h41


Fonte ge

Três erros capitais definiram o rumo do Palmeiras na derrota para o Flamengo por 3 a 2, domingo, no Maracanã. A partida tirou a gordura do líder no confronto entre os principais postulantes ao título brasileiro, mas não teve apenas pontos negativos.

Abel Ferreira escalou para o jogo do Maracanã, que teve clima de final, o time que muitos palmeirenses consideravam o ideal. Recuperado de um trauma no pé, Khellven substituiu Giay; Bruno Fuchs tomou o lugar de Murilo, e Mauricio venceu a disputa com Raphael Veiga no meio-campo. Na frente, a dupla Flaco López e Vitor Roque voltou após duas partidas.

O retorno do camisa 12 era algo muito esperado por sua capacidade ofensiva, uma característica que o lateral-direito argentino não tem. Já Fuchs ganhou a vaga depois de jogos elogiados como zagueiro/volante e por sua alta qualidade na saída de bola.
Imagem: Thiago Ribeiro/AGIFFlaco López e Felipe Anderson em Flamengo x Palmeiras.(Imagem:Thiago Ribeiro/AGIF)Flaco López e Felipe Anderson em Flamengo x Palmeiras.

Curiosamente, o camisa 3 foi um dos pontos negativos para o Palmeiras no Maracanã. No primeiro gol do Flamengo, deixou Pedro escapar em um giro no meio-campo; no segundo, cometeu pênalti. A sequência de falhas individuais veio em uma saída de bola errada de Aníbal Moreno, que originou o terceiro gol dos donos da casa.

Carlos Miguel, em sua estreia como goleiro do Palmeiras, foi para o intervalo com três finalizações contra sua meta e três gols sofridos. O camisa 1 teve pouco o que fazer nos ataques do Flamengo, praticamente sem marcação e cara a cara.

O mérito do Verdão foi jogar com coragem e muitas vezes dificultar a saída de bola adversária, com marcação sob pressão homem a homem desde o campo de ataque.

Os encaixes individuais incomodavam o Flamengo; mas quando um deles encaixes era malsucedido, o time da casa tinha espaço. Foi o que aconteceu especialmente no primeiro gol.

Mesmo saindo atrás no placar, o Verdão não esmoreceu. Continuou jogando com posse de bola e encontrou espaços pelos lados do campo, já que o Flamengo tirou os espaços para criar por dentro, como tem feito o Verdão recentemente.

Assim surgiu a jogada do gol de empate, de Vitor Roque, após cruzamento preciso de Khellven.

O 3 a 1 sofrido no primeiro tempo colocou o time em um buraco difícil de sair. E isto gerou uma atuação afobada no segundo tempo, em que o Verdão rondou a área adversária, mas com dificuldades para criar chances claras.

As trocas de Abel reforçaram a tentativa de gol a todo custo. Allan terminou como lateral/ala pela direita, Raphael Veiga tornou-se volante no lugar do apagado Andreas Pereira, e Sosa deu mais velocidade na ponta esquerda na vaga de Felipe Anderson.

A dupla Flaco-Roque, tão badalada nesta arrancada alviverde, teve o camisa 9 novamente com bela exibição, buscando jogo e participando também do lance do segundo gol. O argentino, por sua vez, não repetiu o desempenho das últimas partidas.

A costumeira postura de não desistir fez o Palmeiras ainda descontar nos acréscimos, mas não foi o suficiente para buscar o empate.

Apesar do resultado, que deixa o Flamengo muito vivo na disputa pelo título, o Verdão teve bons momentos no jogo. Especialmente a postura, mais agressiva do que no histórico recente em confrontos com times de poderio semelhante ao seu.

Há ajustes a fazer para minimizar os erros como os que aconteceram, mas o time de Abel Ferreira buscou jogo, incomodou o adversário e fez um jogo mais parelho do que o 3 a 1 indicava. Será uma disputa muito próxima até o fim do Brasileirão entre os dois e também em uma possível final da Conmebol Libertadores.


Veja mais notícias sobre Esportes, clique em florianonews.com/esportes

Tópicos: disputa, time, maracan?