Venezuela domina Argentina e bate a rival pela primeira vez

12/10/2011 00h59


Fonte Globo.com

A Venezuela nunca havia sequer conseguido empatar com a Argentina. Desde a era em que o futebol era ignorado no país, nos anos 60, até a última Copa América, quando surpreendeu com a quarta colocação, em julho deste ano. Foram 18 jogos e simplesmente 18 vitórias dos hermanos computadas no confronto. Mas até esta terça-feira, dia 11 de outubro de 2011. Com gol do zagueiro Amorebieta, a seleção vinotinto fez por merecer toda a sua superioridade e venceu por 1 a 0, no Estádio General Anzoátegui, em Puerto La Cruz, pela segunda rodada das eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo de 2014.

Imagem: AFPAmorebieta, de frente, comemora o gol que selou a primeira vitória da Venezuela sobre a Argentina (Imagem:AFP)Amorebieta, de frente, comemora o gol que selou a primeira vitória da Venezuela sobre a Argentina

Depois de um primeiro tempo sonolento de ambas as partes, os donos da casa se impuseram na etapa final e chegaram ao gol aos 16 minutos. Mesmo com Lionel Messi em campo durante os 90 minutos, a equipe do técnico Alejandro Sabella sequer criou uma grande oportunidade de gol e ainda foi dominada em boa parte do jogo.

Com o resultado, a Argentina segue com três pontos, em segundo – o líder é o Uruguai, que empatou com Paraguai também nesta terça e foi aos quatro. A Venezuela se igualou à albiceleste na pontuação, mas perde no saldo de gols (2 a –1).

Os hermanos voltam a campo em exato um mês, contra a Bolívia, que ainda não pontuou, em Buenos Aires, pela terceira rodada. No mesmo dia, a vinotinto visita a Colômbia. Os adversários e mandos de campo irão se inverter quatro dias depois, pela quarta rodada.

Primeiro tempo sonolento

Diante de um forte calor e muita umidade, além de enfrentar uma equipe que comprovou sua evolução na última Copa América ao terminar em quarto, o técnico Alejandro Sabella se dizia satisfeito com uma vitória por meio a zero. Mas nem perto da metade de um gol a Argentina esteve no primeiro tempo no Estádio General Anzoátegui.

A torcida venezuelana chegou a gritar “olé”, mas a empolgação nos 45 minutos iniciais não passou das arquibancadas. Felizes por terem “parado” Lionel Messi & Cia., que nem de longe repetiam a boa atuação na estreia contra o Chile, os donos da casa também contribuíram para a absoluta falta de futebol.

A Argentina chegou a impressionar e criou três oportunidades em 18 minutos. Nenhuma daquelas de fazer suspirar ou soltar um “uh”, diga-se, mas ao menos Messi queria jogo. De fora da área, ele finalizou para a defesa de Vega duas vezes. Higuaín também assustou.

As jogadas, quase sempre nascidas de tabelas, rarearam. O craque do Barcelona estava longe do gol – faltava uma peça para fazer companhia a ele e Higuaín. A Venezuela tampouco atacava e só chegou a oferecer perigo a Andújar em falta cobrada por Arango, aos 42. O goleiro argentino espalmou.

Andújar não evita, e Venezuela faz história

Foi da mesma forma que o arqueiro iniciou a etapa final: trabalhando. A Argentina seguia errando passes bobos e apresentando graves falhas na criação quando a Venezuela quase abriu o placar, aos seis minutos. Arango recebeu de González dentro da grande área e chutou forte. Andújar praticou bonita defesa.

O próprio Andújar se transformou no melhor em campo aos 16, salvando outra falta de Arango. Mas nada pôde fazer na cobrança de escanteio: Amorebieta se antecipou à marcação de Zabaleta e cabeceou para o fundo das redes.

O gol sofrido fez Sabella mexer no esquema. Banega substituiu Zabaleta, mas o panorama pouco mudou. A seleção vinotinto era melhor e quase ampliou com Rondón, aos 24, em jogada à la Messi, passando por dois defensores argentinos como quis. E que a Argentina se dê por satisfeita.

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