'Tenho fé em Deus', diz Renato, do Flamengo

06/03/2012 14h00


Fonte Extra

Imagem: Roberto Moreyra/EXTRA/Agência O GloboClique para ampliar'Tenho fé em Deus', diz Renato, do Flamengo(Imagem:Roberto Moreyra/EXTRA/Agência O Globo)'Tenho fé em Deus', diz Renato, do Flamengo

Era uma segunda-feira normal na vida de Renato Abreu. Na obrigação do dia, a realização de mais um exame cardiológico, entre tantos que fez na carreira. Seus olhos já miravam o treino da tarde e o jogo contra o Emelec, nesta quinta-feira, no Engenhão, pela Copa Libertadores da América. Mas os batimentos cardíacos indicaram a hora de dar uma pausa. Uma arritmia, a ser investigada a fundo pelo departamento médico do Flamengo, tira o meia, de 33 anos, e 266 jogos pelo Rubro-negro, de batalha por tempo indeterminado. Mas ele, em entrevista exclusiva ao Jogo Extra, é puro otimismo para provar que tem o coração valente.

— Tenho fé em Deus para caramba. Estou tranquilo. Tenho muita fé. Não vai ser nada — afirmou Renato.

Hoje, o jogador será submetido a novos exames para detectar a causa da arritmia. A Renato, logo após a constatação da anormalidade, os médicos informaram "que era algo simples" e que era para ele "ficar tranquilo". De outros profissionais que tivera contato na clínica, ouviu que seu coração estava melhor do que o de muito garoto. E, assim, o meia não demonstrou, de fato, preocupação com a nova bateria de exames, mas como a informação chegara — e chegaria — ao conhecimento de seus familares, em São Paulo. O jogador não falou abertamente, mas era favorável à divulgação do problema apenas após a complementação do diagnóstico.

— É um alarme falso. É um alarme falso. Não tem nada de errado. Até fico feliz com a preocupação de muitas pessoas. Por outro lado, fico mais preocupado com as pessoas que me conhecem, os familiares. É uma informação que pode nem se confirmar.. Os amigos, os familiares, podem ter um troço só de ouvir — disse.

Pai de Karen e Rebeka, enquanto aguarda o nascimento da terceira herdeira, Renato vê a produção em alto rendimento como ambição profissional. Ficar de fora das atividades acelera os batimentos. Em 2011, d

os 69 jogos do Flamengo, o camisa 11 participou de 64. Este ano, dos 11 jogos em que os titulares estiveram em campo, ele jogou dez.

— Não estou triste. Estou é chateado por ficar sem treinar e jogar. Isso, sim — afirmou.

No bate-papo, Renato fez questão de enfatizar que tinha conhecimento de seu corpo e seus limites. Estranhava o resultado do exame — que era para ter sido realizado no início do ano, mas foi adiado por causa da programação feita por Venderlei Luxemburgo —, sem temer o futuro.

— Não estou preocupado (futuro). Eu me conheço. Se eu sentisse algo diferente, eu falaria. Mas com saúde não se brinca. Enfim, tem que se precaver.



Tópicos: jogos, renato, ficar