Ricardo Rocha aposta em Dedé na Copa de 2014

16/11/2011 14h44

Fonte Globo.com

A cada jogo, gol ou grande atuação, Dedé só comprova o seu status de ídolo da torcida do Vasco. Com camisas personalizadas à venda e a alcunha de mito, o zagueiro de 23 anos também conquista fãs entre alguns dos defensores de maior destaque nos últimos tempos em São Januário. Ninguém, porém, se atreve a fazer comparações. Pelo contrário, eles acreditam na criação de um novo estilo de jogo.

Campeão Brasileiro e da Copa Mercosul em 2000 pelo Vasco, Júnior Baiano foi parceiro de Dedé em seu começo de carreira no Volta Redonda. Sobram elogios para o ex-companheiro, que, segundo ele, vai ser tratado como exemplo no futuro quando surgirem novos valores para a posição.

- O Dedé tem um jeito próprio. É diferente de todo mundo. Daqui a pouco, vão dizer que está surgindo um novo Dedé. Ele vai virar referência. É um cara que se entrega muito na partida, bom no alto e por baixo, rápido e forte, o que é muito difícil em um zagueiro. Além disso, o momento é dele, a fase é muito. Para mim, é o melhor jogador do Brasileiro - disse Júnior Baiano.

A atuação de Dedé contra o Botafogo coroou sua grande semana. Na quarta-feira, com dois gols e uma atuação espetacular, ele já havia comandado a virada sobre o Universitário, em São Januário, que classificou o time para a semifinal da Copa Sul-Americana. Domingo, fez mais um na vitória por 2 a 0 no clássico.


- Fui ao jogo e tenho certeza de que ele é disparadamente o melhor zagueiro do Brasil. Votaria nele para craque do Brasileiro. O Neymar arrebentou, mas não jogou tantas vezes. O Dedé impressiona, tem um estilo próprio. Tem que pensar em ser titular na Copa do Mundo de 2014 e o Mano deveria convocá-lo mais vezes para jogar e não para ficar no banco - disse Ricardo Rocha, campeão carioca pelo Vasco em 1994.

A vida de Dedé no Vasco nem sempre foi fácil. Ele chegou ao clube em 2009, mas demorou a conquistar o seu espaço no time. No Campeonato Brasileiro de 2010, foi eleito o melhor zagueiro da competição e deslachou em 2011, sendo convocado seguidas vezes para a Seleção Brasileira.

- Acho que o Dedé vem jogando muito bem. Esse é um ano de afirmação para ele, que tem aproveitado essa boa sequência. A convocação para a seleção deu ainda mais confiança e isso ajuda muito. As coisas vão acontecer naturalmente, pois tem potencial - analisou Mauro Galvão, campeão da Libertadores de 1998 e bicampeão brasileiro em 1997 e 2000 com a camisa cruz-maltina.

Os elogios não mudam o jeito de Dedé, líder do Troféu Armando Nogueira em sua posição (veja tabela ao lado). Ele afirma que não se sente um mito, como a torcida o chama, mas agradece o carinho e mostra cada vez mais confiança no seu futebol. Afinal, o Vasco está na briga pelo título da Copa Sul-Americana e na vice-liderança do Brasileiro.

- Fico feliz com esse apelido, aumenta a confiança, mas é algo muito forte. Não sou mito, sou um cara que está trabalhando para ajudar. Mito é pesado, mas é legal ouvir coisas positivas. Preciso batalhar muito pra ser mito - comentou Dedé, já de olho no confronto com o Palmeiras, quarta-feira, às 21h50 (de Brasília), no Pacaembu.

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